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Horizon Zero Dawn | Games

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Imagine um game em mundo futurístico no qual há máquinas-animais selvagens que habitam os mais diversos territórios. Você consegue descobrir formas de domá-los, aprende habilidades, inclusive de como atacar de maneira silenciosa e destruidora. Utiliza arco e lança. Você recebe uma missão importantíssima e, ao longo dessa trajetória, deve enfrentar desde máquinas-animais pequenas até algumas que são enormes, ferozes e rápidas.

Pensou que no game você iria jogar com um homem ou uma mulher?

Imagem de Aloy enfrentando um tigre-de-dente-de-sabre, versão máquina.
Pense de novo

Em Horizon Zero Dawn a personagem principal e jogável é Aloy, uma jovem de cabelos vermelhos que foi criada como uma outcast, considerada uma pessoa “sem mãe”, não tendo o direito de conviver com a tribo Nora. Aloy vive com seu pai, Rost, na floresta, e é com ele que aprende a lutar e a sobreviver, com o intuito de poder participar na Provação – desafio organizado pela tribo Nora para jovens cujo ganhador tem direito a solicitar um desejo.

A jogabilidade de Horizon Zero Dawn remete aos RPGs, portanto, é possível fazer e “dropar” armas, armaduras e itens, além de possibilitar escolher habilidades dentre algumas árvores. Esse tipo de jogo proporciona bastante liberdade para que a/o jogadora/o faça escolhas dentre as opções e possibilidades do game.

Aloy é bem construída e as suas roupas não a sexualizam, inclusive em seus diálogos, nos quais é possível fazer escolhas de respostas, favorece personalidades diferentes para a guerreira. Além disso, há outras mulheres importantes no jogo que ocupam desde altos postos nas batalhas, até posições de poder político.

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Aloy também é central no questionamento da religiosidade imposta no jogo, que exclui pessoas e conhecimentos diversos do que é ensinado nas tribos. É interessante perceber a construção de narrativa de Aloy ao se deparar com (na maioria homens) outros personagens que duvidam de sua capacidade de batalha e de inteligência e em alguns momentos, é possível “cortar” os comentários de homens sobre sua beleza.

Horizon Zero Dawn veio para provar que representatividade é importante: eu, gamer, fiquei emocionada de jogar um RPG de ação jogando com uma mulher tão badass como Aloy. O jogo é realmente muito bom, não é à toa que ele está concorrendo como o jogo do ano no Game Awards 2017! Ah, é importante mencionar que Horizon Zero Dawn é o único game concorrendo nesta categoria que possui uma mulher como protagonista do jogo.

O sucesso de Aloy foi tanto que a personagem poderá ser jogada no Monster Hunter: World (a ser lançado em 2018).

E eu, que estava com saudades de Aloy, comecei a jogar a DLC (Downlodable Content) de Horizon Zero Dawn, lançado semana passada. Com o nome de The frozen wilds, a DLC abre novas quests, novos animas-máquinas e, inclusive, um novo local do mapa. Aloy continua sendo essa guerreira badass e com muito a conquistar! Tanto no mundo futurístico do qual pertence, quanto no nosso mundo, que ainda precisa batalhar por personagens bem construídas em jogos dos mais diversos estilos.

Por Risla Miranda

Brilha os olhos quando fala de direitos humanos e se vê um dia programando games. Discutir numa mesa de bar acompanhada de uma cerveja bem lupulada é o paraíso. Criatividade vai desde meme a criar estratégias de ação de projetos. Curtindo o rolê de contar histórias através de dados.

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