Há algum tempo que eu tinha ouvido falar do pequeno jogo Rainy Day, desenvolvido pela Thais Weiller. Estava, inclusive, na lista – sempre crescente – de “jogar depois”. E só agora consegui jogá-lo. O jogo é pequeno, curto, com uma arte linda da Amora B. Os tons de cinza e as constantes perguntas do que fazer, porém, são perturbadoras.
Rainy Day me fez perceber algumas ações que eu faço ou deixo de fazer nos meus momentos de crises de ansiedade. As perguntas que a protagonista nos faz e que nos permite escolher o que fazer são questionamentos do cotidiano: o que vestir, o que fazer, como levantar da cama?
Questões que parecem ser bobas, mas que, dependendo do momento, das nossas condições mentais, podem ser um fardo. Rainy Day tem a delicadeza de tratar de um assunto que, muitas vezes, beira o tabu, mesmo que diversas pesquisas indiquem que porcentagens altas da população estão em sofrimento psíquico.
Há possibilidades de diferentes finais no jogo, dependendo das escolhas que você faz. E, ao final de um deles, me deparei com um aviso importante: se você tem ou conhece alguém que possui problemas parecidos com o que está na história do jogo, é necessário buscar ajuda, apoio – conversar com alguém! É, inclusive, indicada uma lista de contatos para terapia profissional (só em São Paulo).
Rainy Day é daqueles jogos que todos devem experimentar, é um pensar sobre ansiedade, depressão e outras questões. E pensar – ou passar por isso – não é ser fraco e sim compreender que esses assuntos devem ser tratados de forma séria, com ajuda profissional e apoio dos amigos e família.
Quer jogar? É só acessar o link: https://thaisa.itch.io/rainy-day.
Conta pra gente qual foi sua experiência com o jogo!