“Eu acho que, quando uma mãe perde um filho, todas as mães do mundo perdem um pouco também”
– Dona Hermínia, em Minha mãe é uma peça.
Nosso abraço à dona Déa Lúcia, mãe do ator e roteirista Paulo Gustavo, que perdeu o filho no dia 04/05 vítima da Covid-19. Déa foi a grande inspiração para a criação da icônica personagem dona Hermínia, que imortalizou para sempre o comediante no teatro (e depois na TV e no cinema) através da obra Minha mãe é uma peça.
O terceiro longa da trilogia, dirigido por Susana Garcia, alcançou o posto de segunda maior bilheteria do cinema brasileiro na História (atrás apenas do filme Nada a perder, que envolveu muitas suspeitas sobre a distribuição de ingressos e contagem inexata de bilheteria).
Minha mãe é uma peça conta a “história de uma família como qualquer outra”, como é narrado no início do primeiro filme. Sua protagonista é Dona Hermínia, uma mãe forte, superprotetora, impaciente e desbocada, que ignora limites. Uma mãe facilmente identificável nas famílias brasileiras. Poderia ser a minha, poderia ser a sua.
Nossa solidariedade para a dona Déa Lúcia e todas as mães (e familiares e amigos) que perderam alguém querido.
Como o próprio Paulo Gustavo disse no Especial de Final de Ano do programa 220 volts:
“Rir é um ato de resistência. A gente não vai deixar de sorrir. Não vai deixar de ter esperança. Enquanto essa vacina tão esperada não chega para todo mundo, é bom lembrar que contra o preconceito, a intolerância, a mentira, a tristeza, já existe vacina: é o afeto, o amor. Então diga o quanto você ama para quem você ama. Mas não fica só na declaração não, ame na prática, na ação. Amar é ação, amar é arte! Muito amor, gente. Até logo!”
Paulo Gustavo