Representação no Audiovisual: Teste Furiosa

O Teste Furiosa nasceu em 2015, a partir de uma provocação aos boicotes misóginos que o filme Mad Max: Estrada da Fúria recebeu no seu lançamento. O usuário do Twitter Sean M. Puckett publicou em sua conta em junho de 2015: 

“Proponho: o teste Furiosa. Seu filme/jogo/livro passa se incita os direitos dos homens a boicotá-lo”.

Furiosa, interpretada por Charlize Theron, é a personagem principal do filme. Ela se rebela contra o líder tirânico, Immortan Joe, resgatando as suas “esposas” cativas e fugindo com elas por um cenário pós-apocalíptico.

O filme, que passa por Sexy Lamp, Bechdel e Mako Mori, tem 12 personagens femininas diferentes em tela ao mesmo tempo, e nenhuma delas está falando sobre um homem. Em 2016, ele foi indicado a dez categorias no Oscar, incluindo melhor filme e melhor direção, sendo premiado em seis.

O boicote foi devido à expectativa dos fãs masculinos em a história ser mais centrada em Max, em detrimento de Furiosa. Esse mesmo tipo de boicote ocorreu com os filmes Caça Fantasmas e Oito Mulheres e um Segredo. Alguns portais consideram que para o filme passar no teste Furiosa, ele deve deixar as pessoas na internet irritadas por ser “feminista”.

No IMDB existe uma lista intitulada Passam no Teste Furiosa com 178 obras cuja classificação média por usuárias mulheres é 0,5 pontos ou mais superior à dos usuários homens. Na lista estão as séries Xena – A Princesa Guerreira, Batwoman, O Conto da Aia, Orange Is the New Black; e os filmes Mulher Maravilha 1984, Capitã Marvel, Malévola, Jogos Vorazes, Matrix Resurrections, As Sufragistas e os dois filmes citados acima – Caça Fantasmas e Oito Mulheres e um Segredo.