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Bom dia, Verônica: gatilhos e uma mensagem de desesperança

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Bom dia, Verônica entrou no catálogo da Netflix

A série brasileira Bom dia, Verônica entrou no catálogo da Netflix no dia 1o de outubro de 2020 e já está dando muito o que falar. A obra foi adaptada de um livro da autora Andrea Killmore, que mais tarde revelou-se ser um pseudônimo para os escritores Ilana Casoy e Raphael Montes. A identidade dos escritores foi revelada apenas em 2019, três anos após a publicação.

Ilana é criminóloga e se dedicou a estudar os perfis psicológicos de criminosos, com especial destaque para serial killers. Ela já publicou livros sobre o caso Nardoni e sobre o assassinato da família Richthofen. Para Bom dia, Verônica ela se uniu a Raphael Montes, escritor de literatura policial, com quem ainda pretende escrever outros dois livros: Boa tarde, Verônica e Boa noite, Verônica.

Ilana e Raphael participaram da adaptação da obra literária para o audiovisual, que foi organizada em oito capítulos e dirigida por José Henrique Fonseca. A série conta com boas atuações, muito suspense e altas doses de ação. Sua temática principal é a violência contra a mulher, o que é destrinchado em diversos subtemas. O programa, inclusive, traz vários gatilhos. Então é importante ter ciência dos temas envolvidos e da forma que eles são retratados para tomar a decisão de assistir ou não.

A protagonista Verônica é escrivã da polícia, mas com um espírito curioso e muita empatia ela constantemente envolve-se com os casos e com as vítimas. No passado, ela sofreu com uma tragédia familiar, o que implicou em uma tentativa de suicídio. Agora, mais de uma década depois, ela está casada, com dois filhos e trabalhando na polícia, quando uma mulher desconhecida suicida-se na sua frente dentro da delegacia.

Claramente envolvida com esse caso, ela passa a investigar por conta própria o que aconteceu e descobre um golpista em série, que ataca mulheres com boa noite, cinderela, e as rouba. Ao dar uma entrevista para a televisão, ela se torna o rosto conhecido do caso e é procurada por outras vítimas. Nesses contatos, ela recebe o telefonema de Janete, uma mulher que sofre abusos do marido e é mantida em uma situação de isolamento dentro de casa. Ao investigar, Verônica descobre que se trata de muito mais do que supôs inicialmente e as histórias das duas se cruzam em uma tentativa desesperada de proteger Janete e evitar que outros crimes monstruosos aconteçam.

Contém spoilers

A partir dessa premissa, o espectador acompanha quatro núcleos principais, todos permeados pelo machismo e pela violência contra a mulher, em maior ou menor medida, e com alguns pontos bem problemáticos. Vamos analisar um por um:

Boa noite, Cinderela

bom dia verônica

O golpista age de forma padronizada, o que permite a Verônica compreender seu modus operandi e planejar uma armadilha. Ele procura mulheres em um site de relacionamentos e marca encontro com elas. Nessa ocasião, coloca uma substância ilegal em suas bebidas que as deixa dopadas, rouba seus pertences e fotografa seus corpos nus para exposição e venda na internet. A foto funciona também como uma humilhação e tentativa de que a vítima fique calada por vergonha e medo da repercussão da imagem.

Ele tem também um tipo bem específico de vítima: mulheres que fizeram cirurgias bariátricas ou similares. Ele enxerga ali uma vulnerabilidade e conversa com elas dizendo o que acha que querem ouvir. Fala sobre as belezas de seus corpos, sobre a coragem de fazer a cirurgia, sobre a força das cicatrizes, todo um discurso de empoderamento que ele supõe que elas estão sedentas para escutar. De forma planejada e cruel, ele explora inseguranças e se coloca como um aliado gentil.

Esse tipo de crime parece bem possível e real, ficando longe de ser somente ficção. Infelizmente, sua resolução também. Após a armadilha de Verônica, o golpista é preso, mas liberado logo em seguida. Além de estar solto para fazer novas vítimas, essa decisão implica dor e desespero em suas vítimas anteriores. Tânia, que era a mais atuante durante as investigações, fica devastada com a sensação de impunidade e suicida-se ao final da série.

Cabe destacar que outra vítima suicidou-se no primeiro episódio, o que deu início ao envolvimento de Verônica com o caso. Sendo assim, a série mostra um criminoso solto e duas vítimas em sofrimento que não veem outra saída a não ser a morte. Sabemos que realmente muitos casos são concluídos de forma semelhante, sem a prisão do agressor, mas a série opta por uma mensagem de desesperança, quando existiam outros caminhos a serem explorados.

Seus criadores afirmam que a série foi realizada para chamar atenção para casos de violência contra as mulheres, para ajudar o público a identificar situações de agressão e para incentivar as denúncias. Mas como esse objetivo pode ser alcançado se a mensagem passada é a de descrença no sistema de justiça e a de que o suicídio é resolução para o sofrimento? 

A série não aborda a procura das vítimas por ajuda psicológica/psiquiátrica, nem a ajuda de amigos ou rede de apoio (na única tentativa que uma personagem faz de pedir ajuda para a família, ela é rechaçada). Elas são vistas sempre de forma isolada, vivendo apenas a violência e o desespero, sem saídas e melhoria possíveis. Dessa forma, a série opta por construir um caminho sem saída que leva ao suicídio dessas personagens. Não de uma, mas de quatro (lembrando que Verônica também tentou suicidar-se no passado e que, na teoria, seu pai fez a mesma coisa).Claro que a obra não tem a obrigação de passar uma visão romantizada e falsa de que os agressores serão sempre punidos e todas as vítimas ficarão bem. Mas como houve a escolha de retratar um tema tão delicado, deveria haver no mínimo a responsabilidade emocional de se apresentar outras possíveis maneiras de lidar com a dor e o desespero. Ao invés de apenas incentivar as denúncias de violência (com a divulgação de telefones específicos para isso antes dos créditos), a série poderia escolher outros caminhos narrativos para parte das personagens e disponibilizar também telefones de ajuda psicológica para prevenção ao suicídio.

Janete e Brandão

Apesar dos casos de boa noite, Cinderela darem início à investigação, o foco maior da série é o mistério que envolve o casal Janete e Brandão. Inicialmente visto como “apenas” um caso de violência doméstica, a investigação revela que se trata de um serial killer misógino que ataca e tortura mulheres de forma grotesca. Mais do que isso, Verônica descobre que existe um esquema de corrupção enorme que torna Brandão, um tenente coronel da policial civil, intocável.

Quando Verônica a conhece, Janete é uma mulher completamente abalada emocionalmente, vítima de um marido controlador e abusivo. Sem acesso a celular ou internet, sem amigos ou possibilidade de contato com a família e sem dinheiro, ela tem todos os seus passos fiscalizados e autorizados por Brandão. Ela está completamente isolada e sem possibilidade de ajuda, quando vê na TV Verônica falando sobre violência contra a mulher e se colocando à disposição para ajudar quem se encontrar naquela situação.

Quando há um aumento gradativo das agressões psicológicas e físicas que sofre, Janete resolve confiar naquela policial e tenta interromper o ciclo de violência em que está inserida. Ela relata que, além de apanhar, ser humilhada e ter sua liberdade cerceada, é obrigada pelo marido a participar de um esquema sórdido e criminoso.

De forma perturbada, relacionado a seus próprios traumas com a mãe e com o pai, ele sequestra mulheres jovens que vêm do Maranhão para São Paulo em busca de emprego, muitas vezes como empregadas domésticas, para que sejam torturadas e assassinadas. Existem indícios que permitem imaginar que sua própria mãe o deixou com a avó para buscar emprego em São Paulo na tentativa de dar uma vida melhor para a família, como sabemos que é a realidade de muitas mulheres, especialmente vindas do Nordeste. Se sentindo abandonado e com ódio da mãe, ele machuca dezenas de mulheres que se encontram na mesma situação que ela.

Não bastasse isso, ele obriga a esposa a assistir a todo o processo, com a cabeça trancada dentro de uma caixa e com apenas um buraco a lhe dar visão parcial das torturas. É um lembrete constante do que ele é capaz e uma forma de dominação, uma vez que ela não está amarrada, mas não pode mover-se daquela posição por mais que esteja assustada e enojada. Ele não precisa de algemas e amarras para mantê-la presa.

A forma como essas cenas de tortura são construídas torna difícil assistir à série em muitos momentos. Não só por saber o que está acontecendo, mas porque a violência é mostrada de forma gráfica, dolorosa e angustiante. Brandão é cruel e não quer apenas matar, ele sente necessidade de machucar aquelas mulheres de formas específicas.

Janete passa por um difícil processo interno de questionar as agressões, de parar de se sentir culpada por elas e de decidir denunciar o marido, apesar do medo, para se proteger e para salvar aquelas mulheres desconhecidas. Ela denuncia confiando que a justiça vai fazer a parte dela. E mais uma vez, o sistema falha em proteger as vítimas. Não só a polícia se mostra resistente para acreditar na versão de Janete, como age de forma ativa para encobrir a investigação contra Brandão iniciada por Verônica.

Confiando na protagonista e acreditando que terá o suporte da polícia, Janete se expõe e enfrenta o marido, o que resulta em um fim trágico (que também é mostrado de forma gráfica). 

Sozinha dentro da corporação e tendo que lutar contra seus colegas e chefes, Verônica não consegue cumprir com a segurança prometida para Janete.

Partindo de uma suspeita interna que vem intensificando-se há algum tempo, Verônica entende que não pode confiar na polícia, nem no poder judiciário, nem em ninguém. Ela decide que a única forma de proteger as mulheres é fazendo justiça com as próprias mãos. Ela então mata Brandão e o golpista do boa noite, Cinderela, cada um com uma morte específica para seus tipos de crimes.

Esse final, em uma obra de ficção, pode gerar uma sensação catártica de vingança, de extravasar a raiva, de devolver a esses agressores o que eles fizeram. Mas tendo em vista que se trata de uma obra sobre as investigações de crimes de agressão contra a mulher, fica mais uma vez a mensagem de que o sistema não funciona e que, portanto, não adianta denunciar. Afinal, nos dois casos, as denúncias foram feitas, os agressores ficaram impunes e as vítimas morreram (ou por suicídio ou por assassinato). Aparentemente, a intenção era criar o surgimento de uma heroína, que nas próximas temporadas (Boa tarde, Verônica e Boa noite, Verônica) vai esforçar-se para expor o esquema de corrupção dentro da polícia e para combater os agressores por conta própria. Na vida real, sem essa heroína, resta saber o que a equipe do seriado quer que as vítimas façam se deixarem de acreditar no poder da denúncia.

Dia a dia da equipe policial

Carvana

Permeando as investigações, o espectador acompanha o dia a dia da Divisão de Homicídios e as difíceis relações interpessoais e de hierarquia lá dentro. O chefe daquela delegacia é Carvana, um antigo amigo do pai de Verônica. Essa relação faz com que ele a proteja no ambiente de trabalho e tenha uma dinâmica para além do profissional com ela, inclusive com certo paternalismo. Logo abaixo dele na ordem hierárquica está a delegada Anita, que tem uma inimizade com Verônica.

Em séries policiais/de investigação não é muito comum ter mulheres em posição de poder. Por isso, seria excelente se, pelo menos nos poucos casos que surgem, elas fossem bem retratadas. Não é o caso. Anita é mostrada constantemente errando e tomando decisões ruins, claramente incompetente em seu trabalho, apesar de não ter humildade para assumir. Verônica aponta seus equívocos na frente dos outros com frequência e chega a questionar como ela obteve aquela posição de destaque na corporação (posteriormente é esclarecido que realmente não se tratou de êxito por competência).

Anita não apenas comete muitos erros, como também se revela corrupta e, mais do que isso, perigosa. Ela encobre os casos, não se interessa por proteger as vítimas e chega ao ponto de ameaçar e machucar. Além disso, ela é colocada de forma evidente como vilã, constrangendo as mulheres que denunciam agressões, colocando-as em situações desconfortáveis e demonstrando pouquíssima empatia. Claro que essa é uma situação infelizmente muito comum nas delegacias, mas na medida em que se tem dezenas de policiais homens e só duas mulheres no seriado, escolher uma delas para ser a vilã deixa clara a intenção da série. Dificilmente temos uma delegada nas telas e, quando temos, ela é retratada de forma negativa e sua presença é centrada na rivalidade com outras mulheres.

Anita,  inclusive, não existe no livro e foi criada especialmente para a série para aliviar parte da culpa de Carvana, a quem decidiram mostrar de forma mais simpática. Então foi uma personagem criada especificamente para antagonizar com a protagonista, enquanto um personagem masculino é mostrado de forma mais positiva. Tendo em vista que ela foi construída do zero, havia liberdade para desenvolvê-la como quisessem. E escolheram criar uma delegada que erra coisas básicas e não sabe desempenhar seu trabalho.

A própria Verônica, que apesar de ser escrivã age como investigadora, tem momentos em que suas habilidades são questionadas. Ela protagoniza boas cenas de ação, em que na maioria das vezes é bem habilidosa, e tem sacadas inteligentes para solucionar os casos. Mas em alguns momentos deixa a emoção falar mais alto e se descontrola de forma não condizente com a sua posição. Tendo em vista que as questões de choro e perda de controle são comumente associadas às mulheres, inclusive para desmerecê-las em determinadas profissões (como, por exemplo, policiais), seria interessante ter criado uma protagonista que não caísse nesses estereótipos.

Em determinado momento, ela chora e se desespera com uma arma na mão, chegando a apontá-la para seu chefe enquanto faz acusações aos prantos. Em outros, ela se aproxima de Janete, no ímpeto de ajudá-la, mas sem ser muito prática ou cuidadosa, podendo complicar ainda mais a situação da vítima. Além disso, ela frequentemente se coloca em situações de perigo, indo sozinha para as investigações de forma impetuosa, sem se preparar, muitas vezes chorando, desesperada para ajudar.

Não é necessário criar personagens frias, que agem sempre meticulosamente e que nunca erram. Mas sabemos que essas representações têm impactos na vida real, reforçando ou combatendo preconceitos. Então, especialmente tendo em vista que são poucas as mulheres delegadas/investigadoras/policiais nas telas, existe uma responsabilidade dos criadores por mostrar imagens de mulheres competentes, que conseguem agir de forma prática e inteligente e que não se rendem ao choro e ao desespero enquanto estão trabalhando.

Como exemplo bem sucedido dessa representação, cabe destacar as duas policiais principais da série Inacreditável. De certa forma parecido com Bom dia, Verônica, em Inacreditável, as investigadoras Duvall e Rasmussen estão analisando casos de um estuprador em série, que age de forma quase ritualística, o que permite enxergar padrões e se preparar para pegá-lo em uma armadilha. As duas investigadoras estão em momentos diferentes da carreira e acabam trabalhando juntas pela similaridade de seus casos. Ao invés de serem rivais, como os roteiristas costumam construir as relações entre mulheres, elas logo se tornam parceiras. Agem de forma responsável, ajudando uma a outra, cada uma contribuindo como pode, tendo sacadas muito inteligentes e se dedicando ao máximo. Apesar do tema central com que elas têm que lidar diariamente ser estupro, o que obviamente gera muitas emoções nas duas, elas agem sempre de forma profissional, controlada e prática. As duas são excelentes profissionais e isso fica claro durante toda a obra. 

Por mais parcerias como Duvall e Rasmussen!

Carreira versus família

Um último ponto central que é trabalhado na série é a relação entre a vida profissional e a vida pessoal da protagonista Verônica. Ela é casada e tem dois filhos. Constantemente é mostrada perdendo os treinos de natação dos filhos, chegando atrasada nas apresentações, esquecendo de compromissos com o marido. Ele, inclusive, chega a falar expressamente que ela não é uma boa mãe porque prioriza o trabalho ao invés dos filhos. O marido com frequência reclama do ritmo de trabalho de Verônica e do envolvimento dela com a investigação.

bom dia verônica

Ao mesmo tempo, não sabemos nada sobre a vida pessoal de nenhum dos outros funcionários da Divisão de Homicídios, mesmo alguns deles sendo amigos próximos da protagonista. Não sabemos se têm filhos, não sabemos de nenhum problema pessoal, nem se é difícil conciliar o trabalho com a vida familiar. Essa é uma problemática reservada apenas para Verônica.

Cabe destacar que, em Inacreditável, nem as agentes Duvall e Rassmussen se livram dessas situações. Uma tem dificuldade para estar presente no dia a dia dos filhos e a outra é criticada pelo companheiro por sua ausência e distanciamento emocional. Percebemos então que é uma constante essa relação entre boa profissional e péssima mãe/esposa. 

De forma rasa e pouco elaborada, isso tem sido construído nas séries como uma verdadeira competição. Se as mulheres optam pela família em tempo integral, são pouco ambiciosas e falta algo em suas vidas. Se optam pela carreira, são mesquinhas e egoístas. Se tentam conciliar os dois, não dão conta e fazem tudo pela metade. Desse jeito, elas nunca têm como acertar e a mensagem passada é que não se pode ter tudo.


Bom dia, Verônica é uma série brasileira bem produzida, com uma protagonista mulher inteligente, que vive boas cenas de ação. E de fato trabalha temas necessários e levanta questões urgentes sobre segurança, impunidade, credibilidade das vítimas e corrupção dentro das instituições. Infelizmente, algumas das soluções parecem não ter sido pensadas de forma sensível e prática, levando em conta a enorme possibilidade de identificação de alguns espectadores com as situações retratadas e os gatilhos que a série pode gerar.

Fica o desejo de que as continuações, Boa tarde e Boa noite, Verônica, apesar de não precisarem romantizar e fugir da realidade, olhem com mais cuidado e atenção para as vítimas, abordando diferentes formas de ajuda e suporte. E que, ao mesmo tempo, explorem outras formas de se retratar personagens femininas na obra, de modo complexo e respeitoso e fugindo de estereótipos.

Bom dia, Verônica - cartaz

Por Luciana Rodrigues

É formada em Audiovisual e em Letras Português. Uma brasiliense meio cearense, taurina dos pés à cabeça, apaixonada pela UnB, por Jorge Amado e pelo universo infantil. Aprecia o cult e o clichê, gosta de Nelson Pereira dos Santos e também gosta de novela. E, apesar de muitos dizerem o contrário, acha que essa é uma ótima combinação.

Uma resposta em “Bom dia, Verônica: gatilhos e uma mensagem de desesperança”

A série é retratada de forma de realista. Isso é o que acontece na polícia mesmo. Tenho vários policiais e ex policiais na minha família. Inclusive minha mãe e minha tia. Minha foi até uma delegada bem conhecida na nossa terra.
E a reação da delegada foi a mesma que elas teriam. Infelizmente é assim. Elas são maravilhosas, fofas e super competente. Mas machistas.
Eu quero ser policial e ser diferente delas nesse sentido.

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