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Documentários brasileiros na Holanda – 4 filmes nacionais no IDFA

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Começou o Festival Internacional de Filmes Documentários de Amsterdam (IDFA). Destacamos 4 dos 8 documentários brasileiros selecionados dentre os 252 filmes na competição.

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Começou ontem, dia 17/11, o Festival Internacional de Filmes Documentários de Amsterdam (IDFA). Como o festival acontece somente na forma presencial, nas salas de cinema, apenas as nossas seguidoras da Holanda (desde já aquele abraço!) conseguirão assistir aos filmes por lá.

Aqui já estamos voltando a ver alguns festivais acontecendo no modelo híbrido, meio online meio presencial, como é o caso do 29º Festival MixBrasil, que está em andamento tanto online quanto nas salas de cinema do CineSesc e da SPCine, em São Paulo, até o dia 21/11. Enquanto outros, como o 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que vai acontecer de 7 a 14 de dezembro, vai ser todo virtual.

Em todo caso, eu resolvi destacar aqui quatro dos oito documentários brasileiros selecionados para o festival de Amsterdam, dentre os 252 filmes na competição. Eles também têm sido exibidos no circuito brasileiro de festivais e podem ser encontrados pelos interessados.

Deus tem AIDS, de Gustavo Vinagre e Fábio Leal.

Sete artistas e um médico ativista, todos HIV positivos, se manifestam sobre a ignorância, o preconceito dentro da própria cena gay, a invisibilidade de mulheres com HIV/AIDS e oferecem novas imagens e perspectivas para lidar com a sorofobia no Brasil.

Se quiser assistir ao filme, corre que ainda dá tempo. Ele estará em exibição online no Festival MixBrasil até 21/11.

Perto de você, de Cássio Kelm.

Cássio Kelm, transmasculino não-binário, documenta o dia a dia do isolamento social ao lado de seu pai. O filme aborda a transição de Cássio, sua tentativa de aproximação com o pai e a situação política do Brasil.

O filme também esteve disponível no Festival MixBrasil, mas ficou online somente até o dia 14/11.

Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa terra é nossa!, de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero.

Esse filme, que tem as duas únicas diretoras mulheres brasileiras na competição, Sueli Maxakali e Carolina Canguçu, é um relato da situação vivida pelos Maxakali, no estado de Minas Gerais. Através do documentário, os diretores demonstram como a existência dos Maxakali é ameaçada pelo agronegócio e pelos fazendeiros locais.

O filme foi exibido no Festival de Cinema de Tiradentes, no começo do ano, e venceu uma das competições transversais do DocLisboa, no final de outubro.

Lavra, de Lucas Bambozzi.

O filme, que mescla construções ficcionais e documentais, acompanha a atriz Camila Mota, do Teatro Oficina, interagindo com personagens atingidos pelos impactos da mineração em Mariana, Paracatu de Baixo, Conceição do Mato Dentro, Brumadinho, Itabira e Macacos.

Lavra foi selecionado também para a Mostra Competitiva Nacional do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, e será exibido no dia 08/12 no Canal Brasil, às 23;30, e online, através do insaei.tv, no dia 09/12.

Por Rafael Maximiniano

Historiador por formação, ainda não encontrou o trabalho perfeito em que só precise ler e assistir obras de ficção científica e fantasia durante o dia todo. Gamer nas horas vagas e viciado em café, bem antes de surgirem aqueles memes ridículos de minions no facebook falando “Não converse comigo antes do meu café”.

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