11/02 é o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A sigla em inglês STEM engloba as áreas de ciências, tecnologia, engenharias e matemática e é um conjunto de saberes muitas vezes associados ao masculino. Nada poderia estar mais longe da verdade!
Infelizmente, estereótipos e expectativas de gênero historicamente afastam as mulheres dessas áreas, reforçando socialmente desde a 1ª infância que existem áreas para meninos se destacarem e áreas para meninas se desenvolverem.
Com esse tipo de pensamento reproduzido pelas famílias, pelas escolas, pelas políticas públicas, pelas empresas e pela sociedade de forma geral, torna-se muito difícil que as meninas e mulheres não internalizem esses estereótipos, mesmo que de forma indireta. Apesar de nas últimas décadas ter aumentado significativamente o ingresso de mulheres no ensino superior, ainda é pequena a sua participação nas áreas de STEM.
Mulheres nas ciências: dados
De acordo com levantamento da UNICEF, apenas um em cada cinco profissionais envolvidos em estudos de inteligência artificial é mulher (22%). Elas representam também apenas 28% dos graduados em engenharia e 40% dos graduados em ciência da computação e informática.
E as dificuldades não param na questão da quantidade. Mesmo nos casos em que elas se dedicam aos campos STEM, enfrentam muitos empecilhos. Ainda segundo o levantamento da Unicef, as mulheres costumam receber bolsas de pesquisa menores do que seus colegas homens, tendem a receber salários menores e ter carreiras mais curtas. Além disso, é frequente que seus nomes não constem nas publicações dos trabalhos e que elas não sejam consideradas quando há possibilidades de promoção. Apesar de representarem cerca de 33,3% do total de pesquisadores, apenas 12% dos membros das academias nacionais de ciências são mulheres.
Com esses dados é fácil compreender que o afastamento das mulheres das áreas de STEM é uma questão muito mais complexa e estrutural do que simplesmente falta de habilidade ou vontade. Há uma enorme estrutura social que sabota sua participação no STEM, desde a infância até dentro das universidades, laboratórios, academias e premiações.
Mulheres nas ciências: representação importa
E é impossível negar a participação da cultura nesse processo de invisibilidade e falta de representação. Quantas obras você conhece que compartilham as histórias de mulheres na tecnologia, que mostram os talentos de cientistas e de engenheiras?
Pensando nisso, o Arte Aberta listou algumas obras audiovisuais que centram suas histórias nas talentosas profissionais do STEM. Dedicando espaço para reconhecer seu trabalho e também para denunciar as dificuldades enfrentadas. Foram listados filmes e séries bem diversos, com ação, comédia, drama, super-heróis, coming of age e muito mais, para entendermos que mulheres nas ciências não estão restritas a um único tipo de história.
Que possamos nos habituar a ver mulheres nessas áreas e que isso permita uma reformulação da forma como enxergamos a divisão de conhecimentos na sociedade.
2 respostas em “Mulheres nas ciências: a representação em filmes e séries”
[…] isso é tão importante ver obras que mostrem meninas e mulheres desenvolvendo seu interesse e potencial nas áreas de STEM, estudando, trabalhando, sendo reconhecidas por seu talento e mostrando que todas as áreas de […]
[…] época com pouca ou nenhuma participação feminina em cargos de liderança dentro do governo ou em STEM – atividades ligadas a ciências, tecnologia, engenharia e matemática – cabe destacar […]