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Representação no Audiovisual: Teste Shukla

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O Teste Shukla foi criado em outubro de 2013, por Nikesh Shukla, autor e roteirista britânico conhecido pelo trabalho com os temas de racismo, identidade e imigração. 

Nikesh foi considerado um dos líderes culturais pela Time Magazine, um dos 100 pensadores globais pela revista Foreign Policy e uma das 100 pessoas mais influentes pela The Bookseller em 2016 e 2017.

Teste Shukla

Nikesh escreveu um artigo para The New Statesman propondo o novo teste e criticando a falta de representação das minorias étnicas no cinema e na televisão.

Na época ele reconheceu que não era um problema novo e que as coisas estavam mudando lentamente, mas que o que estava acontecendo é que os papéis das pessoas não-brancas estavam concentrados somente em torno de questões de sua etnia.

Um dos pontos que Shukla coloca, é que como todos pressupõem que na televisão, livros ou filmes todos são brancos, quando existe uma pessoa não-branca, isso torna-se simbólico e por isso,  os realizadores acabam optando por quase sempre trazer questões envolvendo a sua cultura.

Isso acontece porque as experiências e vivências de pessoas brancas são consideradas universais, enquanto, por exemplo, quando representam os indígenas, estas são consideradas experiências indígenas – logo, específicas, não-universais.

Uma das exceções  citadas por Nikesh é o filme Velozes e Furiosos 6, por apresentar uma variedade étnica de personagens que não recorrem a estereótipos raciais simplistas.

O que o teste questiona

O Teste de Shukla é proposto para ser aplicado em livros, filmes e televisão como uma variação do Teste Bechdel:

  • Existem dois personagens que são pessoas de cor (não-brancas)? 
  • Eles conversam um com o outro? 
  • Algo que não seja sobre sua raça ou etnia?

Assim como no Bechdel, para passar no teste, a obra analisada precisa passar nas três perguntas de forma afirmativa.

Teste Shukla

Por Natália Brandino

Tem a mania de analisar, segmentar, e planejar. Mas também de conversar de séries e bobagens da vida. Não se engane com a seriedade aparente da capricorniana que sempre se esconde atrás de um livro.

2 respostas em “Representação no Audiovisual: Teste Shukla”

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