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50 dias pela diversidade | #Listas

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Existimos. Resistimos.

Duas palavras que viraram nosso mantra. A gente fala, escreve e repete para se convencer. Não tem sido fácil encarar – nos espaços públicos e privados – discursos de ódio. Nestas eleições, foi colocado à prova o respeito às pessoas. Preconceitos desvelados e disseminados, como uma virose, em redes sociais. Mulheres, negras e negros e a comunidade LGBTQ+, em especial, foram atacadas – de forma simbólica e também física – pelo simples fato de existirem.

Os tempos são sombrios. Mas sabe o que temos visto também? Uma onda de apoio e de amor. Uma rede de conexões de suporte. E é por aí que queremos seguir. Sempre apostamos na força da representação e da representatividade no audiovisual, da potência de se reconhecer nas telas. Foi então que pensamos nesta campanha: #50diaspeladiversidade. A partir de hoje até o final do ano, traremos aqui 50 obras audiovisuais – uma por dia – que tratem da diversidade que queremos ver nas telas e no Brasil.

Vamos pela empatia e pelo amor. Porque não deixaremos de existir. E de resistir.


1. Chuva é cantoria na aldeia dos mortos, de Renee Nader Messora e João Salaviza

Chuva é cantoria na aldeia dos mortos, dos diretores Renee Nader Messora e João Salaviza, é um filme de ficção sobre os indígenas Krahô, da aldeia Pedra Branca, localizada no Tocantins. Na obra, Ihjãc está prestes a se tornar pajé quando escapa da aldeia e vai para a cidade. A partir do seu ponto de vista, o filme destaca o contraste entre esses dois ambientes e mostra as barreiras encontradas pelo protagonista geradas por desconhecimento e preconceito. Este ano, a obra foi premiada na mostra Um Outro Olhar, parte do Festival de Cannes, e durante a premiação o elenco protestou contra o genocídio de indígenas no Brasil.

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2. Em defesa da família, de Daniella Cronemberger

Vanessa e Marília são as felizes mães de Samuel, Felipe e Mateus. O que elas querem para os filhos? Que eles sejam “gente”.

O documentário Em defesa da família, de Daniella Cronemberger, acompanha o cotidiano desta família, cheia de amor, cuidados com os filhos, trabalhos e tarefas banais do dia a dia. As cenas de simplicidade e afeto são contrastadas pela voz em off de parlamentares conservadores – em falas públicas – que tentam desconstruir as relações homoafetivas como sendo famílias.

Somos em defesa da família, de todas as famílias!

Assista <3


3. Gorda, de Luiza Junqueira

O documentário Gorda, de Luiza Junqueira, convidou três mulheres para falarem sobre como se relacionam com seus corpos, sobre gordofobia e sobre os padrões de beleza inalcançáveis da nossa sociedade. Desde o título, a obra tenta ressignificar o termo “gorda” e desassociá-lo do tom pejorativo e preconceituoso com que comumente é utilizado. O projeto convidou, através do facebook, quaisquer interessadas a depor e teve como objetivo não somente fortalecer as mulheres gordas, mas também sensibilizar a sociedade para interrupção do processo de perpetuação diária da gordofobia.


4. Kaça, de Karol Conka

“Achou que eu ía desistir? Vai ter que engolir, pois eu não cheguei até aqui para não existir”.

Kaça é a primeira música do álbum “Ambulante”, de Karol Conka, a “dona do lalá, original sem cópia”. O clipe traz a história de uma jovem (vivida pela dançarina Natasha Virgílio) que vive em um ambiente agressivo e opressor e incorpora uma figura mística (vivida por Conka) que a ajuda, através da música e da dança, a se fortalecer e a se libertar.


5. GLOSSário – Lições 1 e 2, de FaBinho Vieira

Há 10 anos, o ator FaBinho Vieira iniciava suas experimentações com o audiovisual na lição 01 do GLOSSário. O vídeo, que nasceu a partir de um trabalho da faculdade, surgiu a partir da ideia de abordar os termos, gírias e expressões do dialeto pajubá, utilizado pela comunidade LGBTQ. Os termos seriam, então, explicados de forma engraçada, mas não debochada, por travestis. O curtinha foi filmado na Praça do Ferreira, em Fortaleza (CE). Em 2011, o diretor aposta na lição 02.

Recentemente, o dialeto voltou à tona devido a uma questão no ENEM. Esta que não exigia nenhum conhecimento específico do dialeto, mas apenas qual característica do pajubá o faria ser considerado dialeto e elemento de patrimônio linguístico (NEXO).

Vamos aprender um pouco? Confiram as duas lições:

Lição 1
Lição 2

6. The Shade Forest, desenvolvido por Amanda Sparks

The Shade Forest é um jogo para celular inspirado nos anos 1990, com direito a gráficos e trilhas sonoras que nos lembram os clássicos da cultura pop de então, como Sonic! O objetivo do jogo é você enfrentar os diversos vilões que são contra o movimento LGBT – seja mandando beijinhos ou no bitch slap. E com quem você joga para enfrentar esses chefões? Com Amanda Sparks, claro! Além de drag queen, Amanda Sparks desenvolve jogos e The Shade Forest é mais uma obra dessa desenvolvedora fabulosa. O jogo é gratuito e pode ser baixado na Google Play ou na App Store. Para saber mais, nada melhor que ouvir a própria Amanda apresentando o jogo em seu canal do YouTube, DRAGeek:


7. Flores Raras, de Bruno Barreto

Flores Raras é um longa-metragem ficcional biográfico dirigido por Bruno Barreto, lançado no cinemas em 2013. A história acontece em meados do Golpe Militar de 64, durante a passagem da conceituada poetisa americana Elizabeth Bishop pelo Rio de Janeiro. Bishop hospeda-se na casa da arquiteta paisagista e urbanista Lota de Macedo Soares, uma das responsáveis pelo projeto Parque do Flamengo. O filme aborda o nascimento do romance entre as duas e as consequências dessa relação. A história é contada de forma delicada e contextualiza o momento político do Brasil e, mais especificamente, do Rio de Janeiro.


8. No seu lugar, de Mariana Polo Garotti

O curta-metragem No seu lugar, da diretora Mariana Polo Garotti, apresenta o dia a dia de Laura, uma menina de nove anos que busca compreender a recente perda de visão de seu avô, de quem é muito próxima. Curiosa e empática, ela faz experiências para tentar se colocar no lugar do avô e perceber como ele interage com o mundo, buscando meios de se aproximarem.


9. Dandara, por Long Hat House Studio

“As ações de Dandara não serão esquecidas”: é o que o jogo diz à medida que você explora o mapa e evolui a personagem Dandara. O jogo Dandara é do gênero Metroidvania (inspiração nos clássicos Metroid e Castlevania) e possui um gameplay criativo e insano. De início, com o nascimento de Dandara, não há muita explicação, a construção da narrativa vai sendo feita ao longo do jogo. Dandara surge para lutar contra a opressão e para isso vai contar com seus saltos incríveis para explorar áreas e derrotar inimigos com seus poderes. Dandara, acima de tudo, possui uma trilha sonora incrível e seu visual corrobora para um jogo fantástico de plataforma. E tal como no jogo com a protagonista Dandara, as ações de Dandara de Palmares também não serão esquecidas na luta contra a escravidão.

Nesta semana, em celebração ao Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro), traremos na nossa campanha #50DiasPelaDiversidade o destaque para a representação e a representatividade das mulheres negras. O Dia da Consciência Negra foi instituído em homenagem a Zumbi, marcando o dia de sua morte.  Zumbi foi líder do Quilombo dos Palmares e lutou contra a escravidão no Brasil.

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10. Tia Ciata, de Mariana Campos e Raquel Beatriz

O filme de Mariana Campos e Raquel Beatriz traz depoimentos de diversas mulheres negras para contar a história de Hilária Batista de Almeida, a Tia Ciata. A partir de suas falas e da lembrança dessa importante figura, atuante na construção do samba e no desenvolvimento da identidade cultural carioca, o filme fala sobre racismo, machismo, protagonismo, visibilidade da mulher negra e resistência.

No dia 20/11/2018, em homenagem ao Dia Nacional da Consciência Negra, o filme estreia no Canal Brasil às 14h, como parte da Mostra de Cinema Negro – Pérolas Negras.


11. Felicidade por um fio, de Haifaa Al-Mansour

Desde pequena, a publicitária Violet Jones habituou-se a fazer um ritual da “beleza”, passando por diversos processos de alisamento de seus cabelos. Ela queria estar sempre “perfeita” para seu companheiro. A verdade é que Jones deixou que a opinião dos outros a moldasse. Após uma grande mudança na sua vida, Violet passa por uma série de rupturas e aprendizados. Ela acaba por entender que o importante é estar feliz consigo mesma, independente dos padrões de beleza impostos e perpetuados pela sociedade.

O filme foi lançado em 2018 na Netflix. A direção é de Haifaa Al-Mansour, considerada a primeira diretora da Arábia Saudita.


12. Kbela, de Yasmin Thayná

O curta-metragem Kbela, com direção e roteiro de Yasmin Thayná, é uma experiência audiovisual sobre ser mulher negra, racismo, padrão de beleza, empoderamento e sororidade. O processo do filme tem como condução a questão dos cabelos das mulheres. O filme foi feito com financiamento coletivo com o apoio de 117 pessoas, em 2015. O elenco foi convocado nas redes sociais para garantir a diversidade de personagens que também colaboraram com suas histórias pessoais para o curta. A obra recebeu o prêmio de Melhor filme de curta-metragem da diáspora pela Academia Africana de Cinema (AMAA Awards 2017), entre muitos  outros prêmios. Kbela está disponível para streaming e download gratuito na plataforma http://kbela.org/


13. Cores e botas, de Juliana Vicente

O curta-metragem Cores e botas, de Juliana Vicente, conta a história de uma garotinha que, como tantas outras na década de 1980, adorava a Xuxa e sonhava em ser paquita. Assim como diversas colegas da mesma idade, Joana participa de um concurso para selecionar novas paquitas, que dançam e cantam no programa infantil da apresentadora Xuxa. Ela é uma das mais preparadas e conhece todas as músicas e coreografias, mas seu sonho causa estranhamento nos adultos que a rodeiam e que não conseguem imaginar uma paquita negra.


14. Banzo, por Uruca Game Studio

Banzo é lembrança. É a melancolia, a saudade da África. Banzo e a diáspora se relacionam intimamente. Banzo remete à escravidão brasileira. É com essa palavra tão carregada de sentimentos e de resistência que a Uruca Game Studio nomeou seu jogo lançado este ano. Banzo: Marks of Slavery é um jogo de gerenciamento de recursos e estratégia em turnos e começa a partir da contação de história da Vó Maria para sua neta Bia. Assim começa sua aventura como jogador ou jogadora à frente do Quilombo, gerenciando a fazenda para colheitas, o espaço da capoeira para treinar guerreiros e o próprio terreiro, onde as decisões envolvendo ataques às fazendas para libertação dos irmãos e das irmãs escravizadas e também às idas a Salvador para colher informações. O jogo está disponível na Steam.

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15. Negritudes Brasileiras, por Nátaly Neri e Gleba do Pêssego

O web documentário Negritudes Brasileiras foi lançado no dia 12 de novembro e está disponível no canal Afros e Afins. O filme, idealizado por Nátaly Neri e produzido pela Gleba do Pêssego, traz relatos – em sua maioria mulheres – de pessoas negras e sua relação com a negritude, por diversas perspectivas: acadêmica, pessoal, profissional, entre outras. Assuntos importantes como o colorismo, identidade e racismo são abordados de maneira íntima e, apesar da complexidade, a discussão é profunda e contribui imensamente para os novos desafios dos jovens negros e das jovens negras.


16. Min e as mãozinhas, de Paulo Henrique dos Santos

Min e as mãozinhas é o primeiro desenho animado em Libras e parte do seguinte questionamento: como as crianças com deficiência auditiva usufruem as obras audiovisuais? A partir de uma protagonista surda e de episódios curtos, o programa, criado por Paulo Henrique dos Santos, visa não só divertir, mas também ensinar sinais de Libras para o público e chamar atenção para a necessidade de obras inclusivas. O projeto, voltado prioritariamente para o público de 3 a 6 anos, procura apoio financeiro para lançar mais episódios.


17. Elena, de Petra Costa

Em uma lista sobre a diversidade no audiovisual, o longa-metragem Elena, de Petra Costa, entra aqui para falarmos sobre saúde mental e depressão que acomete jovens mulheres. Para falar sobre morte, suicídio, perda e luto. E também sobre amor, re-encontro e memória. Sobre a relação de mulheres em uma família. Elena, de Petra Costa, é um documentário de intimidade e de poesia, que rasga as relações pessoais expondo-as nas telas e nos levando para dentro daquela história.

{Lembre-se de pedir ajuda – profissional, inclusive, se for o caso. Crie rede de apoio. Cuide de sua saúde mental e não normalize sentimentos de tristeza constante!}


18. Carol, de Toddy Haynes

Carol se passa na Nova Iorque dos anos 1950, cenário de uma história de amor entre duas mulheres em fases diferentes da vida: a jovem garota Therese Belivet, entregue à rotina de vendedora de brinquedos, e a deslumbrante, experiente e arrebatadora Carol. A construção desse amor é hipnotizante e poética. Como pano de fundo, há o conflito de papéis (mãe, amante, mulher, ex-esposa) e uma sociedade julgadora, enraizada de preconceitos.

O filme, dirigido por Todd Haynes, teve sua estreia no Festival de Cannes em 2015, no qual ganhou o prêmio Queer Palm e o de Interpretação Feminina para Rooney Mara (Therese Belivet). Além disso, concorreu a seis indicações no Oscar, incluindo melhor atriz coadjuvante para Cate Blanchett (Carol). O filme foi baseado no livro de Patricia Highsmith, publicado em 1952, com título original The Price of Salt, mas também é possível encontrá-lo pelo nome Carol.


19. She-ra e as Princesas do Poder, de Noelle Stevenson

A nova série animada, fruto da parceria entre Netflix e DreamWorks, e criada por Noelle Stevenson, constrói uma She-ra cheia de poder. E a gente não se refere apenas ao fato de Adora se transformar na imbatível She-ra com sua espada poderosa, estamos falando também de girl power. Com muitos elementos ressignificados do desenho clássico, Noelle nos traz uma narrativa delicada e com muito empoderamento, focando em sua relação com sua amiga (e antagonista) Catra e também no seu desenvolvimento enquanto heroína. She-ra terá que organizar uma batalha tendo as princesas de Etheria ao seu lado. E que princesas! Cada uma com uma personalidade e poderes únicos, lutando pelos seus reinos. A série também traz a crescente amizade entre Adora, Glimmer e Bow, um trio para lá de amorzinho que evidencia a construção de personagens em prol de discussões como autoestima, masculinidade tóxica, amizade entre mulheres e tantos outros assuntos. She-ra veio para tirar a heroína da sombra de He-man e dessa vez não foi construída apenas para vender brinquedos, She-ra veio para mostrar para todas as garotas que elas podem, e muito! A série já está com todos os episódios da 1ª temporada disponíveis na Netflix.


20. Coisa mais bonita, de Flaira Ferro

O clipe da música Coisa mais bonita, da cantora pernambucana Flaira Ferro, foi lançado no início de 2018 e gerou muitos comentários escandalizados, conservadores e preconceituosos. A obra, dirigida por Déa Ferraz (Câmera de espelhos), traz mulheres de diferentes idades, raças e tamanhos tocando seus corpos e sentindo prazer. A música fala sobre a importância da liberdade sexual feminina e do empoderamento suscitado pela masturbação e pelo gozo.


21. Hilda, criado por Luke Pearson, Kurt Mueller e Stephanie Simpson

Hilda é uma série de animação disponível na Netflix criada a partir das histórias em quadrinho de Luke Pearson. Com cabelo azul, boina e botas vermelhas, Hilda é uma criança curiosa, corajosa e que tem uma paixão pelos animais fantásticos da cidade de Trolberg. Ela, seu fiel escudeiro Twig e sua mãe saem da floresta ao redor da cidade, para se mudar para dentro dos muros de Trolberg – que protegem a cidade dos trolls que ganham vida após escurecer.

Acostumada com uma vida apenas com a mãe, Twig, elfos e outros animais, Hilda terá que aprender a ser uma criança na cidade e para isso conta com seus novos amigos Frida e David. Frida é um menina negra, extremamente inteligente e organizada, e David é um doce de menino, mas morre de medo de muita coisa. Abordando assuntos de criança, a série também chama a atenção pela delicadeza dos personagens em suas rotinas aventureiras. Hilda e Frida são grande amigas e não há competição entre elas. Frida precisa lidar com sua ânsia de controlar tudo, buscando ser criança e não adulta. David desafia a masculinidade tóxica que vemos por aí, já que é um menino que expõe seus medos e sentimentos. Hilda, além disso, é lindo de se ver, com seus cenários coloridos, cheios de fantasia. Toca crianças e adultos a partir do imaginário de uma infância saudável.


22. A garota dinamarquesa,  de Tom Hooper

O filme, que se passa em 1926 em Copenhague, é baseado em fatos reais e retrata a história da pintora Gerda Wegener, que foi casada por quase 30 anos com Lili Elbe, consagrada na pintura como Einer. Lili ficou conhecida por ter se tornado uma das primeiras a realizar cirurgia de mudança de sexo. A história inspirou o livro homônimo escrito por David Ebershoff e ganhou as telas de cinema em 2015, chegando ao Brasil em 2016.

O processo de nascimento de Lili Elbe e desaparecimento de Einer Wegener é fluido, como pinceladas em uma tela em seda preenchida por cores vivas. É um processo compartilhado com Gerda, que passa por um período forte de reflexão e aceitação. É também muito difícil para Lili enfrentar uma sociedade cercada de preconceitos.


23. Meninos não choram, de Kimberly Peirce

A roteirista Kimberly Peirce teve sua estreia na direção com o filme Meninos não choram, lançado nos cinemas em 1999. O filme rendeu o Oscar e Globo de Ouro de Melhor Atriz para Hilary Swank, que interpreta Brandon Teena. Depois disso, Kimberly também dirigiu Stop Loss – A Lei da Guerra (2008) e Carrie – A Estranha (2013).

Meninos não choram foi uma obra marcante por se tratar da verdadeira história de Brandon Teena (sim, baseado em fatos reais!) e a violência e preconceitos sofridos por Brandon na descoberta de sua transexualidade, em uma cidade rural no interior de Nebraska nos Estados Unidos. Prepare o lencinho pois é uma história muito triste, mas que gera reflexão pela brutalidade em como as pessoas encaram o que elas não entendem ou não conhecem.


24. Epk Um Corpo no Mundo – Episódio 1: Dentro Ali, de Jouce Prado com Luedji Luna

Luedji Luna, cantora de Salvador, radicada em São Paulo, canta a diáspora, a saudade e o ser mulher negra, com sons que encantam – por suas letras, música e voz. Conheça um pouquinho do processo de produção de seu primeiro álbum Um corpo do mundo nos vídeos (EPK – Electronic Press Kit ou Kit de Imprensa Eletrônico) com a gravação de algumas das músicas . O primeiro episódio traz Dentro ali. Os vídeos têm direção de Joyce Prado, da Oxalá Produções.


25. Amor, de Michael Hanake

O filme Amor, dirigido pelo cineasta e roteirista austríaco Michael Hanake, narra a história de amor na velhice do casal Anne e Goerges. A história se passa em Paris e mostra a cumplicidade, paciência e, sobretudo, amor. A narrativa explora os vazios e os silêncios encontrados na terceira idade e ainda mistura muitas melodias, presentes na vida desses dois professores de música. Amor venceu o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro de 2013.  


26. Laerte-se, de Lygia Barbosa da Silva e Eliane Brum

Laerte-se é um documentário que descreve e desenha parte da vida de Laerte, chargista e cartunista consagrada. Elucidando principalmente a descoberta de sua transexualidade aos 57 anos, a jornada de libertar-se e o reflexo dessa adaptação na sua expressão artística. O filme foi lançado mundialmente em 2017, na Netflix, conta com a direção de Lygia Barbosa da Silva e  Eliane Brum.

Lygia Barbosa da Silva é cineasta com  20 anos de experiência em TV, filmes publicitários, videoclipes e longas-metragens. Destaque na direção de TV para séries como 20 Poucos Anos (MTV Brasil), Os Caminhos de Che, Um Diário de Motocicleta, Across the Amazon, e com a codireção com Lawrence Wahba em Secret Brazil (NatGeo Internacional) e em De Volta a Bikini (FOX e NatGeo). Eliane Brum é jornalista premiada internacionalmente, escritora e documentarista. Além de Laerte-se, codirigiu Uma História Severina e  Gretchen Filme Estrada.


27. Se gosta, se mostra

Ludmilla, Mc Soffia, Candy Mel (da Banda Uó) e Rafael Mike (do Dream Team do Passinho) lançaram juntos o clipe da música “Se gosta, se mostra”. O projeto foi desenvolvido para o Dia Nacional da Consciência Negra de 2018 e fala sobre aceitação, resistência e liberdade.

Mc Soffia é referência no cenário do rap nacional por representar uma vertente infantil e feminista do ritmo. Ela canta sobre a beleza da menina negra e sobre o combate ao racismo. Nessa nova música, ela aparece junto com outros nomes da música atual, mandando um recado da juventude negra:

“A hora é agora! Se gosta, se joga, se sente, se mostra! Privilégio não me cabe, quero o que é meu por direito. Ancestralidade com muita luta e respeito. Tudo que já gritamos. Será que você ouviu? A juventude negra dominando o Brasil. Sou Mc Soffia e já mando o papo reto, cantando as minhas rimas em forma de protesto. Represento a nação do empoderamento. Rap nacional é o meu movimento”.


28. Nise – o coração da loucura, de Roberto Berliner

Nise – o coração da loucura, de Roberto Berliner, retrata a história de Nise da Silveira, interpretada por Glória Pires, a psiquiatra precursora do alívio de pacientes esquizofrênicos por meio de uma terapia ocupacional utilizando a arte.  É um filme baseado em fatos reais, que trata da prisão dos centros psiquiatras e as dificuldades de Nise em realizar um tratamento mais digno a essas pessoas, contrariando as técnicas tradicionais da época em um universo completamente masculino. A transformação retratada no filme acontece no Centro Psiquiátrico Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, em meados de 1950.


29.The Last of Us – Parte II

O jogo The Last of Us, lançado em 2013, foi um tremendo sucesso. Tendo Joel como protagonista e Ellie, uma pré-adolescente bem independente, como parceira, o jogo foi aclamado pela crítica e é muito mais do que um jogo de zumbis.

Na E3 deste ano, foi lançado o trailer do Gameplay do The Last of Us: Parte II e podemos ver uma Ellie mais velha, humana e também mais letal do que no game de 2013. O jogo traz uma protagonista poderosa, que encontra na sua sexualidade o conforto de um amor, em comparação a estratégias e a necessidades de matar em um mundo pós-apocalíptico com humanos hostis e criaturas canibais. O jogo ainda não tem data de lançamento, mas já deu o que falar: seja por comentários homofóbicos sobre a sexualidade de Ellie, seja pela empolgação para jogar um game que faz parte de uma franquia premiada, tendo uma mulher como protagonista.

Assista ao gameplay [AVISO DE GATILHO: violência e morte]:


30. O álbum das mulheres incríveis, de Natalia Milano

O canal do YouTube O álbum das mulheres incríveis, que tem criação e apresentação de Natalia Milano, traz de forma lúdica e colorida histórias de mulheres maravilhosas. A partir da premissa de que “somos muitas”, apesar de uma constante tentativa de nos “invisibilizar”, o álbum escolhe personalidades e conta suas histórias. A primeira temporada apresenta 16 mulheres – a última sendo uma das espectadoras do canal.

Natalia conta que Amelia Earhart tinha um real “álbum das mulheres incríveis”. A aviadora costumava guardar recortes de jornais que apresentavam mulheres bem sucedidas para se inspirar. Assim, Natalia constrói o seu álbum audiovisual e compartilha conosco!

Abaixo confira o making of da produção – e depois confira as primeiras 16 mulheres incríveis!


31. Transamérica, de Duncan Tucker

Bree é uma mulher transgênero que está prestes a fazer a cirurgia de readequação sexual quando descobre que tem um filho adolescente. Após o aconselhamento de sua psicóloga, Bree vai em busca do filho antes de realizar a cirurgia.

Transamérica, de Duncan Tucker, é um filme que explora o deslocamento de Bree em relação ao corpo em que nasceu. Além disso,  por meio de um divertido road movie, o filme traz o descobrimento entre essas duas pessoas que, apesar da ligação sanguínea, são tão distantes.

O filme, lançado em 2005, é roteirizado e dirigido por Duncan Tucker, e foi indicado ao Oscar de 2006 de Melhor Atriz para Felicity Huffman, que interpreta Bree, e Melhor Canção Original, com Travelin’ Thru de Dolly Parton. Felicity foi premiada no Globo de Ouro, na categoria filme dramático, e no Independent Spirit Awards e no Festival de Cinema de Tribeca. Duncan Tucker também recebeu o Globo de Ouro por Melhor Roteiro de Estreia pelo filme.


32. Mãe só há uma, Anna Muylaert

Imagine descobrir na adolescência que sua mãe te roubou na maternidade. Essa é a história de Pierre – ou Felipe (Naomi Nero), nome que a família biológica do garoto o batizou. Com a descoberta, a mulher que o adolescente conhecia como mãe é presa. Pierre/Felipe passa a viver com a nova família, que se sente aliviada pelo seu retorno, enquanto o rapaz encontra-se perdido com essa nova configuração de relação familiar e com sua rotina.

No decorrer da história, Pierre inicia uma busca de entendimento de sua identidade e uma maneira de enfrentamento dessa nova realidade. E no meio disso tudo, o filme acaba tratando sobre juventude, sexualidade e gênero; sem pedagogizar, de maneira fluida como a própria relação de Pierre com seus interesses e vontades.

O filme é inspirado livremente no caso real do sequestro de Pedrinho, que aconteceu em Brasília. Foi lançado em 2016 e é dirigido e roteirizado por Anna Muylaert, diretora do curta A Origem dos Bebês segundo Kiki Cavalcanti (1995) e dos longas Durval Discos (2002), É Proibido Fumar (2009), Chamada a Cobrar (2012) e Que Horas Ela Volta? (2015).

O filme recebeu o prêmio de Melhor Filme Queer do júri da revista alemã Männer, o Teddy Award.


33. O Mundo Sombrio de Sabrina

Inspirada na HQ da Archie Comics, O Mundo Sombrio de Sabrina está ao mesmo tempo perto e longe do clássico da TV Sabrina, Aprendiz de Feiticeira. Temos Sabrina Spellman e suas descobertas adolescentes, as Tias Zelda e Hilda e até o gato Salem (que não é um fantoche)! Mas o mundo realmente sombrio de Sabrina está distante do visual alegre e colorido da série da década de 1990. No original Netflix temos realmente um universo assustador dos quadrinhos, com direito à sangue e à seita satânica da Igreja da Noite.

E temos também muito girl power! Sabrina aos 16 anos questiona o que lhe é imposto e junto com suas amigas bruxas ou não, inverte o mundo sombrio não para um lugar mais claro, e sim mais justo, tendo mulheres como protagonistas e como personagens principais ao longo das aventuras.

Para quem ficou com saudade, amanhã chega à Netflix o especial de fim de ano – O Mundo Sombrio de Sabrina: Um Conto de Inverno!


34. I Will Survive, com Iza, Liniker, Nina Maia

Com direção musical de Maria Gadú, o filme Todas as canções de amor traz a história de dois casais, separados pelo tempo, embalados por muita música! Uma das versões produzidas para o filme é o clássico I will survive, lançada em 1978, na voz de Gloria Gaynor, escrita por Freddie Perren e Dino Fekaris. Agora, I will survive é registrada na voz de Iza, Liniker e Nina Maria. O filme tem direção de Joana Mariani.


35. Steven Universe

Criado em 2013 por Rebecca Sugar, o desenho animado Steven Universe arranca suspiros entre pessoas de todas as idades! Não é para pouco: com uma trilha sonora linda, arte incrível e histórias deliciosas, o pequeno Steven, que usa um chinelo de dedo, conquistou pela simplicidade e amor. E essa última palavra que define o universo do Steven (sacou a inversão?): muito amor. Nada de masculinidade tóxica aqui! Steven vive na cidade de Beach City com três mulheres super diferentes entre si – são as Gems. A mãe de Steven também foi uma Gem e, apesar de ter um pai humano, ele está sendo criado pelas três Gems que são responsáveis por ele e também pela descoberta de seus poderes. Steven Universe é exibido no Cartoon Network e apresentou o 1º casamento entre duas mulheres em uma animação. É ou não é fantástico?


36. Grace e Frankie

Com as incomparáveis Jane Fonda (Grace) e Lily Tomlin (Frankie), a série original da Netflix traz as duas protagonistas que se tornam grandes amigas após seus maridos revelarem que estão apaixonados um pelo outro. Tendo que lidar com o fim do casamento e a traição, essas duas mulheres na terceira idade precisam se redescobrir de inúmeras maneiras. A amizade crescente entre as duas fortalece ainda mais essas novas formas de ser de Grace e Frankie. Com personalidades distintas, elas têm de enfrentar diversas situações desde questões de saúde até novos amores. A série Grace e Frankie fala de amizade entre mulheres, mas também discute a sexualidade de mulheres mais velhas. Na Netflix é possível assistir às quatro temporadas. E como não cansamos dessas duas mulheres incríveis, a série já foi renovada para a quinta temporada!


37. O julgamento de Viviane Amsalem (Gett), de Shlomi Elkabetz e Ronit Elkabetz

Em uma cultura machista na qual as mulheres não têm voz e os homens detêm o poder de decisão, Viviane Amsalem luta por sua liberdade. Ano após ano, ela se apresenta frente a um tribunal de rabinos para pedir o divórcio, negado todas as vezes pelo marido Elisha. Sem que haja agressão física, infidelidade ou abandono, não basta ao júri a vontade da esposa. Para eles, a falta de amor é irrelevante, assim como a própria vontade de Viviane. O filme foi inspirado na história da mãe dos diretores israelenses, Shlomi e Ronit Elkabetz (esta última sendo também a atriz que interpreta a protagonista). Em 2015, a obra foi indicada ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro e foi a indicação oficial de Israel para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.


38. Que horas ela volta?, de Anna Muylaert

Há 14 anos Val deixou sua vida e sua filha Jéssica em Pernambuco para tentar condições melhores em São Paulo. Val conseguiu se estabilizar na casa de uma família de classe média, vivendo em um quartinho, enquanto exerce a função de doméstica. Um dia, Val recebe a ligação inesperada de sua filha, informando que irá para São Paulo prestar vestibular. A chegada da filha no convívio com os patrões de Val gera uma série de conflitos em relação aos papéis que se esperam dela.

O filme expõe as barreiras sociais e os códigos de conduta estabelecidos silenciosamente para os profissionais domésticos, a partir da imposição à subordinação de classe. Explora, sobretudo, os relacionamentos e as distâncias tacitamente estabelecidas, a partir de rituais e limites.

Que horas ela volta? foi indicado a quatorze categorias no Grande Prêmio de Cinema Brasileiro de 2016, sendo vitorioso em sete, incluindo Melhor Filme do Júri e de Voto Popular, Melhor Direção, e Atuação de Regina Casé, pela personagem Val, e Camila Márdila, pela personagem Jéssica. Lá fora, conquistou diversos prêmios, incluindo Prêmio do Público de Melhor Ficção na Mostra Panorama do Festival de Berlim e Grande Prêmio do Júri do Festival de Sundance. 

O filme é dirigido por Anna Muylaert, que já passou por nosso 50 dias pela diversidade com Mãe só há uma.


39. Greta Garbo, de Armando Praça

O primeiro longa-metragem de Armando Praça, Greta Garbo, foi selecionado para a Mostra Panorama do Festival de Berlim 2019. No filme, Pedro (Marco Nanini) é um enfermeiro, homossexual, de meia idade, fã de Greta Garbo. Sua grande amiga é a travesti Daniela, que tem um câncer em estágio avançado. Nas idas à pensão para cuidar de Daniela, Pedro presencia a expulsão de Jean, um jovem vizinho de Daniela desocupado e aventureiro, recém chegado em Fortaleza. Pedro oferece abrigo temporário a Jean interessado num possível envolvimento casual com o rapaz. Entretanto, na noite anterior a esse encontro Jean havia se envolvido acidentalmente em um crime com a dançarina e prostituta Mary. A comodidade e segurança que Jean encontra na casa de Pedro evolui para uma relação sexual e amorosa entre eles que segue sempre em meio a crises, decorrentes da diferença de idade e de visão de mundo dos dois.

Greta tem Marco Nanini, Denise Weinberg, Greta Star e o cearense Demick Lopes no elenco principal.

Como diretor, Armando Praça realizou os curtas Parque de Diversões, lançado em 2002, e O Amor do Palhaço e A Mulher Biônica, lançados respectivamente em 2006 e 2008.

Em um momento político no qual os direitos LGBTQ+ estão em risco, é maravilhoso perceber a força do nosso audiovisual, inclusive internacionalmente!

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40. Asagao to Kase-san

Asagao to Kase-san (em português, Kase e a Glória-da-manhã) retrata os momentos alegres e dramáticos do relacionamento de duas adolescentes no último ano do ensino médio. Yui Yamada é uma garota tímida que ama jardinagem, já Tomoka Kase é a estrela do atletismo em sua escola, além de muito extrovertida e popular. Apesar das diferenças, o amor floresce entre as duas, mas não sem obstáculos, que vão das inseguranças e dificuldades de comunicação típicas da adolescência ao iminente fim do ensino médio e as perspectivas de futuro para elas.

A animação tem cerca de uma hora e foi lançada diretamente em vídeo em junho deste ano.

Antes disso, em maio de 2017, um primeiro vídeo de nome Kimi no Hikari: Asagao to Kase-san foi publicado no Youtube. É um clipe musical de 6 minutos que mostra pequenos momentos do início do relacionamento de Yamada e Kase.


41. Pedrinho, com Tulipa Ruiz

A aceitação do corpo – em especial do corpo masculino gay – é poeticamente trabalhada no videoclipe Pedrinho, de Tulipa Ruiz. O clipe é um manifesto à liberdade do corpo, da nudez e do direito de ser quem se é! A música, originalmente do álbum Efêmera, foi regravada no TU, e agora ganha essa obra audiovisual. Para o idealizador do clipe Pedro Henrique França, a obra foi pensada a partir das censuras que ocorreram no Brasil em exposições artísticas e ganhou força com a junção do projeto Chicos, sobre os corpos de homens gays.

Tulipa começou cantando a letra da música com um “Tão bem resolvido com sua nudez”, como um contraponto à aceitação de seu próprio corpo. Afirma, porém, que passou por um processo de aproximação dessa liberdade, de entendimento do que é o feminismo para ela, e resolveu mudar a letra e cantar de uma forma que a sua visão não mais se contraponha, mas que corrobore com a de Pedrinho.

“Pedrinho parece comigo

Também* resolvido com sua nudez”


42. The Watermelon Woman, de Cheryl Dunye

O filme de 1996 escrito, dirigido e protagonizado por Cheryl Dunye é digno de obra-prima. Conta a história de Cheryl, uma cineasta negra e lésbica, que trabalha durante o dia em uma videolocadora, em busca de materializar seu projeto-documentário de contar a história de Fae Richards – conhecida por Watermelon Woman, uma atriz negra e lésbica que estrelou filmes na década de 1930. Durante o percurso de descobrir e contar a história dela, Cheryl vai vivendo sua vida e suas relações: com a amiga Tamara, com o cinema, com sua negritude e sexualidade, com a namorada branca, com a cidade de Filadélfia, com as amigas negras e com a própria similaridade com a Watermelon Woman. A profundidade de Cheryl e de seu projeto questiona os estereótipos e a falta de complexidade nos papéis de Fae Richards nos filmes.

The Watermelon Woman ganhou o Teddy Award de melhor filme em 1996.


43. Sob constante ameaça, de Andrea Dip e Guilherme Peters

Sob constante ameaça, dos diretores Andrea Dip e Guilherme Peters, é um documentário de 26 minutos que reflete sobre as formas como a sociedade lida com o espaço urbano. O projeto partiu da vontade de compreender de que modo a cidade vivida pela mulher é diferente da cidade vivida pelo homem. Compreender as ameaças que se impõem às mulheres e como cenários hostis nos obrigam a desenvolver estratégias para tentar ocupar os espaços com segurança.

Foram entrevistadas mulheres cis e trans e homens trans, de diversas idades e regiões sobre a relação com São Paulo. O documentário se propõe a levar o espectador por uma caminhada pela cidade para que perceba a constante ameaça que um simples passeio ou a trajetória para o trabalho pode significar diariamente.


44. Nella, a princesa corajosa

Nella é uma menina de 8 anos. Além disso, é uma princesa-cavaleira, uma heroína! Ela trabalha com o leal cavaleiro Sir Garrett, seu fiel corcel Clod e a glamourosa unicórnio Trinket. Juntos eles completam missões, resolvem mistérios e aprendem lições valiosas. Nella, a princesa corajosa foi criada por Christine Ricci para o canal Nick Jr.


45. Dororidade

O clipe – e a música – Dororidade é uma homenagem às mulheres negras brasileiras. A dor do racismo e do machismo é transformada em luta e força no videoclipe dirigido por Sabrina Fidalgo. Durante o mês de novembro de 2018, a artista Panmela Castro repintou seu famoso mural gigante na Rua do Lavradio, Centro do Rio de Janeiro. Inspirada pelo termo da escritora Vilma Piedade, o Mural Dororidade apresenta duas mulheres negras interligadas pelos cabelos, representando irmãs de ideias. O termo Dororidade explica a relação de afeto e solidariedade entre mulheres por meio de uma experiência em comum: a dor.

A música é cantada por Andrea Bak, que escreveu a letra juntamente com J.Lo Borges, Leticia Brito e Panmela Castro.O intuito do mural foi divulgar o projeto AfroGrafiteiras da Rede NAMI. O projeto, que conta com o Apoio da Fundação Ford, ensina, por intermédio do graffiti, sobre os direitos da mulheres.


46. Araní, produzido por Diorama

Araní leva o nome da mulher indígena protagonista desse game de ação! Araní precisa salvar seu povo do Sol de um poder mitológico antigo enfrentando diversos inimigos poderosos. Além disso, Araní entra em uma aventura de auto-descobrimento. O jogo ainda não tem data de lançamento, mas será possível jogá-lo no PS4, XBOX One e PC.

O jogo está em processo de produção pelo estúdio Diorama, localizado em Recife. Quem já está louca para fazer muitos combos e power ups com Araní? \o/


47. Hourou Musuko

Shuuichi Nitori e Yoshino Takatsuki são amigos desde o início do ensino fundamental e acabam de entrar em uma nova escola. Além das dificuldades típicas da idade e da situação em que estão inseridos, os dois dividem um segredo: tanto Shuuichi quanto Yoshino não se identificam com o seu sexo biológico. Hourou Musuko acompanha a jornada de crescimento e aceitação de Shuuichi e Yoshino enquanto tentam fazer novos amigos, esforçam-se para manter os antigos e se adaptam a um novo ambiente escolar.

A obra é uma série de animação japonesa de 12 episódios, adaptada do mangá de mesmo título de autoria de Takako Shimura.

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48. Life is Strange: Before the Storm, produzido por Deck Nine Games

O prólogo de Life is Strange veio para que pudéssemos entender e participar de uma parte da vida de Chloe Price, grande amiga de Max Caulfield. Aqui nós temos uma Chloe ainda com cabelos castanhos, com dificuldade de despedir-se de Max e também em processo de luto pela morte do pai. A narrativa do jogo leva à relação entre Chloe e Rachel, nos mostrando a amizade e o amor entre elas. Aqui não temos a mecânica de tempo, já que Chloe não tem esse poder, mas possui grandes habilidades de persuasão nos diálogos. Life is Strange: Before the Storm nos transporta para uma leveza, ainda que conturbada, da vida de Chloe, aproximando-nos de sua história cheia de despedidas.

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49. Unsighted, produzido por Studio Pixel Punk

Unsighted é um game feito por duas mulheres: Tiani Pixel e Fernanda Dias. Com cenário cyberpunk, a protagonista precisa lutar com inimigos e resolver quebra-cabeças. Explora-se um mundo tecnológico e destruído em 2D com movimentação em 3D da protagonista! O jogo ainda não tem data de lançamento, mas você pode acompanhar todas as novidades pelo twitter oficial do estúdio:

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50. Calmô, de Liniker e os Caramelows

Em um tempo que permite o afeto, o videoclipe Calmô protagoniza o amor e a presença de mulheres. Duas mulheres percorrem um trajeto de moto, com um tempo estendido que possibilita contemplação e carinho. E neste percurso, encontramos apenas mulheres – no caminhão parado na estrada, na mulher que passa cavalgando ou na cantora em primeiro plano. O clipe foi filmado em Gonçalves, Minas Gerais. As protagonistas são vividas pelas atrizes Dani Fontana e Heloísa Hariadne. A obra foi roteirizada e dirigida pela dupla Filmes da Diaba. Calmô é a segunda faixa revelada do próximo disco do grupo. O trabalho chega no primeiro semestre de 2019 com apoio do edital Natura Musical.


Lista completa:

  1. Chuva é cantoria na aldeia dos mortos, de Renee Nader Messora e João Salaviza
  2. Em defesa da família, de Daniella Cronemberger
  3. Gorda, de Luiza Junqueira
  4. Karol Conka – Kaça
  5. GLOSSário – Lição 1 e 2, de FaBinho Vieira
  6. The Shade Forest, desenvolvido por Amanda Sparks
  7. Flores Raras, de Bruno Barreto
  8. No seu lugar, de Mariana Polo Garotti
  9. Dandara, por Long Hat House Studio
  10. Tia Ciata, de Mariana Campos e Raquel Beatriz
  11. Felicidade por um fio, de Haifaa Al-Mansour
  12. Kbela, de Yasmin Thayná
  13. Cores e botas, de Juliana Vicente
  14. Banzo, por Uruca Game Studio
  15. Negritudes Brasileiras, por Nátaly Neri e Gleba do Pêssego
  16. Min e as mãozinhas, de Paulo Henrique dos Santos
  17. Elena, de Petra Costa
  18. Carol, de Toddy Haynes
  19. She-ra e as Princesas do Poder, de Noelle Stevenson
  20. Coisa mais bonita, de Flaira Ferro
  21. Hilda, criado por Luke Pearson, Kurt Mueller e Stephanie Simpson
  22. A garota dinamarquesa,  de Tom Hooper
  23. Meninos não choram, de Kimberly Peirce
  24. Epk Um Corpo no Mundo – Episódio 1: Dentro Ali
  25. Amor, de Michael Hanake
  26. Laerte-se, de Lygia Barbosa da Silva e Eliane Brum
  27. Se gosta, se mostra
  28. Nise – o coração da loucura, de Roberto Berliner
  29. The Last of Us – Parte II
  30. O álbum das mulheres incríveis, de Natalia Milano
  31. Transamérica, de Duncan Tucker
  32. Mãe só há uma, Anna Muylaert
  33. O Mundo Sombrio de Sabrina
  34. Iza, Liniker, Nina Maia – I Will Survive (Clipe) [Todas As Canções de Amor]
  35. Steven Universe
  36. Grace e Frankie
  37. O julgamento de Viviane Amsalem (Gett), de Shlomi Elkabetz e Ronit Elkabetz
  38. Que horas ela volta?, de Anna Muylaert
  39. Greta Garbo, de Armando Praça
  40. Asagao to Kase-san
  41. Pedrinho, com Tulipa Ruiz
  42. The Watermelon Woman, de Cheryl Dunye
  43. Sob constante ameaça, de Andrea Dip e Guilherme Peters
  44. Nella, a princesa corajosa
  45. Dororidade
  46. Araní, produzido por Diorama
  47. Hourou Musuko
  48. Life is Strange: Before the Storm, produzido por Deck Nine Games
  49. Unsighted, produzido por Studio Pixel Punk
  50. Calmô, de Liniker e os Caramelows

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