A Agência Nacional do Cinema (Ancine), no site Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual (OCA), divulgou a tabela de filmes de longa-metragem comercialmente lançados em salas de cinema de 1995 a 2015.
Ao todo, de acordo com o OCA, foram lançados 1.252 filmes.
Fizemos uma análise dos diretores de cada filme e chegamos a conclusão que 1007 foram dirigidos apenas por homens (direção e codireção), 200 foram dirigidos apenas por mulheres e 45 tiveram codireções de homens e mulheres.
Filmes dirigidos apenas por homens, assim, representam 80% dos longas lançados no período. As mulheres ficam apenas com 16% das direções no intervalo analisado.
O ano de 1995 é o marco da Retomada do cinema nacional, pós-Era Collor. Em meados de 1990, há uma intensificação da produção de filmes de longa duração devido, em grande parte, ao retorno de incentivos ao audiovisual, como a Lei do Audiovisual, em 1993, com seus mecanismos de renúncia fiscal e, no mesmo ano, o Prêmio Resgate do Cinema Brasileiro, medida emergencial para retomar a produção.
É interessante destacar que o filme que pontua mais este ciclo do nosso cinema é Carlota Joaquina – Princesa do Brazil, da diretora Carla Camurati. O filme foi construído com baixo orçamento, distribuído pela própria diretora, lançado com poucas cópias e ignorado inicialmente pela crítica. Mesmo assim, contou e entrou para a história, alcançando mais de um milhão de espectadores.
Quem são essas mulheres diretoras e quem são seus filmes? Quem veio antes de Carla Camurati e quem veio depois? Vamos com a Arte Aberta pensar em tudo isso?! Começamos aqui a olhar para este Cinema de Mulheres (mulheres nas telas e nas diversas funções por trás das câmeras também) – no Brasil, em especial, mas no resto do mundo também.
Uma resposta em “De 1995 a 2015, apenas 16% dos filmes lançados foram dirigidos por mulheres”
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