Categorias
Críticas

Dica Arte Aberta: Desvirtude, de Gautier Lee

Compartilhe!

Depois de fazer uma postagem sobre mais um episódio de racismo vivido dentro da universidade onde cursa jornalismo, Kenia precisa enfrentar a retaliação e a diminuição da questão pela instituição e pelos amigos. Kenia narra exatamente o que aconteceu: um crime.

Porém a instituição não enxerga o ato da professora dessa forma, nem ao menos a amiga de Kenia dá o devido valor ao acontecimento, ao puxar a ideia de praticar a sororidade, dizendo que há poucas professoras na universidade. Tudo que Kenia ouve é compactuação com o crime e o racismo sofrido por ela na instituição. É preciso tratar o racismo como crime, como responsabilidade coletiva, como projeto de supremacia branca. 

O curta Desvirtude, de Gautier Lee, foi baseado em uma denúncia a uma universidade tradicional brasileira. Com trilha sonora de Baco Exu do Blues, a narrativa traz cenas fortes de como o racismo está presente no sofrimento de jovens negres e de como as pessoas brancas se eximem da responsabilidade.

Desvirtude foi o grande vencedor do Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas desta 49ª edição do Festival de Cinema de Gramado com a conquista dos troféus de melhor filme, melhor direção, melhor atriz e melhor montagem. 

Por Risla Miranda

Brilha os olhos quando fala de direitos humanos e se vê um dia programando games. Discutir numa mesa de bar acompanhada de uma cerveja bem lupulada é o paraíso. Criatividade vai desde meme a criar estratégias de ação de projetos. Curtindo o rolê de contar histórias através de dados.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *