Após dois anos de edições remotas, o Festival de Cinema de Gramado volta a ser realizado de forma presencial em sua 50ª edição.
Para as mostras competitivas de longas (brasileiros, estrangeiros, gaúchos e documentais) e curtas (nacionais e gaúchos), foram selecionados 55 filmes.
Como sempre, analisamos a presença de mulheres na direção e, dessa vez, os números não são tão expressivos: apenas 18 obras contam com a presença de mulheres nessa função (8 co-direções e 10 direções), totalizando 32,7% das obras em competição.

Por outro lado, entre os curadores da mostra, temos uma paridade maior entre mulheres e homens: dos 13 curadores, 7 são mulheres.
São elas as atrizes Dira Paes e Soledad Villamil (longas brasileiros, estrangeiros e documentais), a jornalista Caroline Zatt (longas gaúchos), a diretora e roteirista Larissa Fernandes, a produtora e roteirista Vânia Matos (ambas de curtas brasileiros), a diretora de projetos Sofia Ferreira e a realizadora Teresa Noll Trindade (ambas de curtas gaúchos).

A programação do festival acontece entre os dias 12 e 20 de agosto e, dessa vez, as entradas serão gratuitas mediante doação de 1kg de alimento. Além disso, parte da programação será exibida pelo Canal Brasil, sempre às 20h, entre os dias 12 e 16 de agosto.
Até o momento, a organização do evento anunciou quatro homenageados nesta edição do festival: o diretor Joel Zito Araújo, a atriz Araci Esteves, o ator Marcos Palmeira e a atriz chilena Paulina García.
Algumas obras com mulheres na direção no Festival de Cinema de Gramado
A porta ao lado, de Julia Rezende

Única diretora concorrendo na categoria de longas nacionais, Julia Rezende já dirigiu 7 outros longa-metragens. Esse filme conta a história do encontro de dois casais vizinhos, que têm visões diferentes sobre sexo, relacionamento e amor.
La boda de rosa, de Iciar Bollain

Nesse filme espanhol que concorre na categoria de longa estrangeiro, Rosa está prestes a completar 45 anos e percebe que sempre viveu pelos outros. Ela então decide largar tudo para trás e focar em si mesma, abrindo o seu próprio negócio e, simbolicamente, se casando com si mesma. O filme está disponível para assinantes do Star+.
Solitude, de Tami Martins e Aron Miranda

O curta-metragem de animação amapaense conta a história de Sol, uma mulher que atravessa um momento complicado de sua vida e busca ressignificar sua própria solidão para assim conhecer mais sobre si mesma. No momento da publicação, o filme pode ser assistido na plataforma porta curtas.