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Festival Internacional de Curtas de São Paulo e o cinema de mulheres

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Atualizado em 04/09/2017:

Saiu a lista com os premiados no

Começa nesta quarta-feira, 23 de agosto, o 28º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo. A programação segue até o dia 3 de setembro. Foram 658 inscritos para todas as categorias nacionais. Para o “Programas Brasileiros – Mostra Brasil”,  foram 45 selecionados, sendo que 19 contam com mulheres na direção.

Entre as atividades paralelas do festival, destacamos aqui o debate “Quesito cor” (MIS, domingo, 27/08, 17h), que discute a importância da implementação de políticas de ações afirmativas para o audiovisual, e conta com a presença de Viviane Ferreira, presidente da Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro (APAN); Yasmin Thayná, diretora do Kbela; Vilma Reis, socióloga, Ouvidora da Defensoria Pública do Estado da Bahia e ativista do movimento de mulheres negras; e Débora Ivanov, presidente da Ancine; com mediação de Zita Carvalhosa, diretora do Festival Internacional de Curtas de São Paulo.

Confira a lista dos curtas-metragens com mulheres na direção na Mostra Brasil:

A MALDIÇÃO TROPICAL, Luisa Marques, Darks Miranda (RJ)

O fantasma de Carmen Miranda assombra um parque modernista no Rio de Janeiro.

A PASSAGEM DO COMETA, Juliana Rojas (SP)

1986. Na sala de espera de uma clínica de abortos clandestina, a recepcionista, uma paciente e uma acompanhante aguardam a passagem do cometa Halley, enquanto a médica enfrenta dificuldades com um dos procedimentos.

AUTOPSIA, Mariana Barreiros (RJ)

O filme inspeciona como a cultura e a mídia são responsáveis pela objetificação e desumanização da mulher e, portanto, pela violência contra ela.

BAMBAS, Anna Furtado (SP)

Bambas é um curta-metragem documental que dá voz a mulheres sambistas de São Paulo de diferentes idades, classes e ideias. O filme desenha um panorama da vida destas mulheres, mostrando as dificuldades e situações que o samba impõe às que se aventuram em suas rodas.

casca de baoba
“Casca de Baobá”, de Mariana Macedo.

CASCA DE BAOBÁ, Mariana Macedo (RJ)

Maria, uma jovem negra nascida em um quilombo no interior do estado, é cotista na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sua mãe, Francisca, leva a vida cortando cana nas proximidades do quilombo. As duas trocam mensagens para matar a saudade e refletir sobre o fim de uma era econômica-social.

DE TANTO OLHAR O CÉU GASTEI MEUS OLHOS, Nathália Tereza (MS)

O pai de Luana e Wagner envia uma carta após anos de abandono. Wagner acredita que o pai pode ter mudado. Luana não.

DEMÔNIA – MELODRAMA EM 3 ATOS, Cainan Baladez e Fernanda Chicolet (SP)

Demônia é um ser endiabrado. Ou uma mulher má.

DEMÔNIOS DE VIRGINIA, Gabriela Lamas (RS)

Virgínia pensa em voltar, mas todos estão sofrendo. Livremente inspirado na obra de Augusto dos Anjos.

Imagem do filme
Cena de “Em busca da terra sem males”, de Anna Azevedo.

EM BUSCA DA TERRA SEM MALES, Anna Azevedo (RJ)

Nos arredores da cidade do Rio de Janeiro, um grupo indígena sem terra ergue uma pequena aldeia. Ali, crianças crescem entre as antigas tradições, como a língua Guarani, e a cultura urbana, como o rap. Mas há o medo de serem expulsos de lá e, outra vez, terem de sair em busca da “terra sem males”.

ESTÁS VENDO COISAS, Bárbara Wagner e Benjamin de Búrca (PE)

Na escuridão de um clube noturno, membros da cena da música brega planejam sua ida do estúdio para o palco. Gestos são seguidos por melodias sobre amor, traição, luxúria e poder em um documentário sobre como a indústria da música pop se tornou uma forma de trabalho no Nordeste.

FANTASMA CIDADE FANTASMA, Pedro B. e Amanda Devulsky (DF)

O parque não morre à noite e o barulho de seu estacionamento ecoa pelo centro da cidade. Os tempos são difíceis, mas os amigos ainda podem contar uns com os outros.

FLECHA DOURADA, Cíntia Domit Bittar (SC)

Entre socos e paneladas, os lutadores do grupo Golden Flecha voltam ao ringue depois de 50 anos para reviver a era gloriosa do catch catarinense.

HÁ TERRA!, Ana Vaz (DF)

Um encontro, uma caçada, um conto diacrônico de observar e se tornar. Como em uma caçada, o filme vagueia entre personagem e terra, terra e personagem, presa e predador.

O 12, Tais de Souza e Vinicius Monteiro (SP)

Fernandinho é um garoto pobre de 12 anos, famoso na favela e nas redes sociais. Ele recebe um convite para “ficar no 12” e registra todo seu envolvimento com o tráfico nas redes sociais, ganhando notoriedade em ambos os mundos.

REAL CONQUISTA, Fabiana Assis (GO)

Em Goiânia, no bairro Real Conquista, uma mulher, marcada por um forte passado de violência, luta por melhores condições de vida.

REPRESA, Milena Times (PE)

Toda barreira tem sua fresta.

Cartaz do curta
Cartaz do curta “Território do Desprazer”, de Maíra Tristão e Mirela Marin

TERRITÓRIO DO DESPRAZER, Maíra Tristão e Mirela Marin (ES)

História das memórias de quatro mulheres que viveram e trabalharam em São Sebastião, antiga região de meretrício da Grande Vitória (ES), entre as décadas de 1960 e 1980.

TORRE, Nadia Mangolini (SP)

Quatro irmãos, filhos de Virgílio Gomes da Silva, o primeiro desaparecido político da ditadura militar brasileira, relatam suas infâncias durante o regime.

VANDO VULGO VEDITA, Andréia Pires e Leonardo Mouramateus (CE)

Vando (vulgo Vedita) não é visto faz um tempo nas ruas da Barra.

Mais informações:

http://www.kinoforum.org.br/curtas/2017/

Confira aqui os locais de exibição!


Imagem no header retirada do Facebook do curta “Bambas”, de Anna Furtado.

Por Rafael Maximiniano

Historiador por formação, ainda não encontrou o trabalho perfeito em que só precise ler e assistir obras de ficção científica e fantasia durante o dia todo. Gamer nas horas vagas e viciado em café, bem antes de surgirem aqueles memes ridículos de minions no facebook falando “Não converse comigo antes do meu café”.

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