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GRIS: um jogo obra de arte

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GRIS, desenvolvido pela Nomada Studio, foi eleito o melhor jogo no Big Festival de 2019. O jogo independente da Espanha arranca suspiros não só pelo design que acompanha toda a história, mas também por sua jogabilidade de plataforma que brinca com o cenário solitário e a sobreposição de cores.

Com uma trilha sonora fantástica criada por Berlinist, tudo no jogo se une para abrir uma experiência sobre buscar a si mesma em um mundo no qual as cores vão sendo descobertas à medida que você vai encontrando estrelas e memórias. A estátua gigante de uma mulher é encontrada ao final das fases, sem dúvida a personagem principal tem uma ligação profunda com ela. A descoberta das cores culmina no encontro da própria voz da personagem.

A experiência solitária do jogo e a relação com as cores busca uma analogia com a depressão. Buscar a si mesma, juntar cores, consertar a estátua são objetivos que nos aproximam da solidão de enfrentar uma tristeza profunda.

GRIS até o momento foi o único jogo que me fez chorar. A experiência incrível de jogar GRIS é se relacionar com sentimentos constantes, lidar com a solidão do jogo, das fases parecidas, de não saber para onde seguir. As memórias são escondidas e liberam conquistas diferentes. É necessário buscar entradas e caminhos diferentes para encontrar as memórias e os outros itens do jogo. 

Não é à toa que GRIS é sucesso de público e crítica. Acompanhar a aventura de uma mulher para compreender sua jornada e apoiá-la em um enfrentamento difícil, lidando com seus medos e sentimentos, eleva o jogo a um novo patamar de game design. O jogo não é só bonito, é profundo e sensível.

https://www.youtube.com/watch?v=Fv197hjEC0I&feature=emb_logo

Por Risla Miranda

Brilha os olhos quando fala de direitos humanos e se vê um dia programando games. Discutir numa mesa de bar acompanhada de uma cerveja bem lupulada é o paraíso. Criatividade vai desde meme a criar estratégias de ação de projetos. Curtindo o rolê de contar histórias através de dados.

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