O teste, inspirado no de Bechdel, foi criado pela GLAAD com o objetivo de analisar como é feita a representação de personagens LGBTQIA+ em obras de ficção. A GLAAD é a maior organização em defesa da representação na mídia para lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queer do mundo.
Seu nome é uma homenagem ao historiador de cinema e co-fundador da GLAAD Vito Russo.

Russo é autor do livro The Celluloid Closet, que depois deu origem ao documentário O Outro Lado de Hollywood, de 1995, sobre a representação de personagens LGBTQIA+ no cinema de Hollywood. O documentário obteve nove indicações e foi sete vezes premiado, incluindo melhor documentário em Berlim e Freedom of Expression Award em Sundance Film Festival, ambos em 1996.


A ideia do Teste Vito Russo é orientar os cineastas na criação de personagens mais multidimensionais e assim ampliar a quantidade de filmes com uma representação LGBTQIA+ de qualidade.
Para ser aprovado no teste, é necessário que haja um personagem LGBTQIA+ identificável. No entanto, a sua orientação não deve defini-lo. Além disso, o personagem deve impactar a trama, pois sua remoção deve ter um efeito significativo:
O teste questiona
O filme apresenta um personagem identificável lésbica, gay, bissexual e / ou transgênero (LGBTQIA+)?
Esse personagem LGBTQIA+ existe para além da sua orientação sexual ou identidade de gênero?
Caso esse personagem LGBTQIA+ seja retirado da trama, haveria um efeito significativo na história?

A evolução do teste
Em 2013, a GLAAD fez uma análise dos filmes que passavam no teste, e mesmo assim encontrou questões problemáticas nos personagens LGBTQIA+, por isso, ampliou a sua lista de recomendações:
Filmes de gênero, como adaptações de quadrinhos e franquias de ação, são muito populares globalmente, e por isso devem se tornar mais diversos e inclusivos.
É preciso haver mais papéis principais LGBTQIA + no cinema.
Deveria haver um maior número de papéis LGBTQIA +, e esses personagens deveriam ser também diversos em relação a gênero, raça e origem.
A representação na mídia de pessoas trans tem permanecido décadas atrás da de pessoas gays e lésbicas, e quando essas pessoas aparecem, são de forma marginalizada.
Insultos anti-gays são menos comuns no cinema agora do que eram há 20 anos, mas, infelizmente eles ainda não estão extintos.



Uma resposta em “Representação no Audiovisual: Teste Vito Russo”
[…] seja sensível, respeitosa e fiel. Um critério importante para avaliar essa representação é o Teste Vito Russo, nomeado em homenagem ao ativista LGBTQIA+ Vito Russo. Esse teste é uma ferramenta valiosa, não […]