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Representação no Audiovisual: Teste Willis

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O Teste Willis foi originalmente projetado para analisar letras de música sexistas, mas pode ser utilizado em filmes e livros, como uma forma de evidenciar o preconceito masculino e os estereótipos específicos de gênero. 

O teste questiona

  • Se você inverter os gêneros dos personagens, sua história faz sentido?

A YouthLink Scotland, agência nacional de trabalho de jovens da Escócia, inspirada no Teste Willis sugeriu ainda novas perguntas para avaliar as mulheres nas músicas:  

  • Note as palavras que são usadas sobre as mulheres. São palavras positivas ou negativas?
  • Como mulher, como essas palavras te fazem sentir ao ouvir essas palavras sendo usadas para se referir a você? 
  • E nos videoclipes, qual a maneira como as mulheres são retratadas? É de forma positiva ou negativa?

O filme “Eu Não Sou um Homem Fácil”(2018), dirigido e escrito por Eléonore Pourriat (com colaboração de Ariane Fert no roteiro), faz essa brincadeira, ao subverter estereótipos vinculados ao gênero feminino. Assim, faz o espectador refletir sobre como a sociedade retrata as mulheres em um mundo a serviço e dominado por homens.

Aqui no Brasil, quem  trouxe a mulher para um papel de protagonista das letras musicais em um universo dominado por homens foi a compositora e cantora sertaneja Marília Mendonça. Ela deu voz às mulheres e suas histórias, retirando-as de um papel de mera musa ou problema a ser enfrentado.

A autora

O Teste Willis recebeu o nome de sua criadora, a jornalista, ativista e crítica de música Ellen Willis. Ela faleceu em 2006, e deixou no seu legado uma série de críticas musicais em The New Yorker, Rolling Stone, Village Voice; além de ensaios anti-pornografia sexista e outros sobre o antissemitismo.Em 2014, foi publicada a coleção de ensaios  “The Essential Ellen Willis”, editada por sua filha Nona Willis Aronowitz, que recebeu o prêmio National Book Critics Circle Award for Criticism. Também vale destacar o documentário She’s Beautiful When She’s Angry (2014), dirigido por Mary Dore, que conta história do movimento feminista americano de 1966 a 1971 e traz um depoimento de Ellen Willis.

Por Natália Brandino

Tem a mania de analisar, segmentar, e planejar. Mas também de conversar de séries e bobagens da vida. Não se engane com a seriedade aparente da capricorniana que sempre se esconde atrás de um livro.

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