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Baile | Crítica | Curta-metragem

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O curta-metragem “Baile”, de Cíntia Domit Bittar, está qualificado para concorrer ao Oscar 2021. O curta recebeu essa qualificação ao vencer o prêmio de Melhor Curta-Metragem Ibero-Americano no 60º Festival Internacional de Cine de Cartagena de Índias.

Na história, temos Andréa, uma menina de 10 anos, que vive com a mãe e a bisavó. O curta é sensível, trazendo temas fortes de forma extremamente sutil. Vemos uma família com três gerações de mulheres. A provedora, a mãe de Andréa, trabalha fora de casa, fora os serviços que faz em casa, como tirar fotos 3×4. Além disso, é a cuidadora da sua avó, a bisavó de Andréa. A senhora tem alzheimer e agora corre o perigo de ficar sem seus remédios fornecidos de forma gratuita por mudanças nas políticas de governo. 

Andréa também fica períodos cuidando da avó, mas a mãe lembra para ela deixar a luz e a televisão ligada – mecanismo de segurança e conforto para aquela que tem que sair de casa para ir trabalhar. Vemos ainda, em uma aula de Andréa, a diferença discrepante entre as mulheres e os homens na política. 

Assim, segue o curta, narrando um dia normal na vida daquela menina, mas que acaba lhe ensinando (e a todos nós) sobre o que é ser mulher na nossa sociedade – a cada fala, a cada cena do curta-metragem.

Por Lina Távora

É uma cearense que mora em Brasília, jornalista fora da redação, mestre em comunicação/cinema, feminista em construção, mãe com todo o coração e tem no audiovisual uma paixão constante e uma fé no seu impacto para uma mudança positiva na sociedade.

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