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Pobres Criaturas | Teste Arte Aberta no Oscar 2024

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O filme Pobres Criaturas, do diretor grego Yorgos Lanthimos, foi indicado em onze categorias no Oscar 2024: Filme, Diretor, Atriz, Ator Coadjuvante, Roteiro Adaptado, Trilha Sonora Original, Direção de Arte, Fotografia, Cabelo e Maquiagem, Figurino e Montagem. A obra ganhou o Leão de Ouro no 80º Festival de Veneza e faturou também os prêmios de melhor filme e de melhor atriz (Emma Stone) de comédia ou musical no Globo de Ouro. É a segunda vez que Yorgos Lanthimos é indicado às categorias de Melhor Filme e Melhor Diretor no Oscar. A primeira vez as indicações foram para A Favorita (2018).

Pobres Criaturas, adaptado do livro homônimo publicado em 1992 pelo escritor escocês Alasdair Gray, é um filme difícil de categorizar, perpassando e brincando com vários subgêneros cinematográficos. O cenário inicial é Londres da era vitoriana, no entanto, a acurácia histórica perde importância para um estilo que beira o fantástico. As influências steampunk estão presentes em vários momentos, como na carruagem movida a vapor do médico e cientista Godwin Baxter. Ao mesmo tempo, os experimentos bizarros realizados pelo personagem imediatamente nos remetem a romances góticos como Frankenstein de Mary Shelley. Apesar de apoiar-se em elementos do horror, inclusive com cenas gráficas de violência, o tom do filme se aproxima mais de uma comédia ácida ou absurda.

A seguir, analisamos o filme Pobres Criaturas com o nosso Teste Arte Aberta. Para saber mais sobre o teste, confira o texto introdutório.

Sinopse

De acordo com a percepção do Arte Aberta evitando spoilers

Bella Baxter (Emma Stone) foi trazida de volta pelo médico e cientista nada ortodoxo Godwin Baxter (Willem Dafoe) que transplantou o cérebro do feto, ainda vivo, para o corpo da mãe morta. Bella quer experimentar o mundo, mas Godwin, o seu criador, quer mantê-la presa. Ele arranja o casamento da moça com o seu assistente Max McCandles (Ramy Youssef) na tentativa de controlá-la. Bella, no entanto, se revolta com essa decisão. Ela foge com o advogado cafajeste, Duncan Wedderburn (Mark Ruffalo), com objetivo de experienciar tudo o que a vida tem a oferecer. Livre das amarras do condicionamento social pelo qual todos passamos durante o nosso desenvolvimento, Bella se aventura por um mundo fantástico e terrível, se tornando, assim, a sua própria mulher.

Ótica de gênero, raça e LGBTQIA+/PcD 

Bella Baxter é a protagonista do filme. Antes de ganhar esse nome, Bella possuía uma outra uma vida que a levou, grávida, a escolher o suicídio se jogando do alto de uma ponte.

Godwin viu no seu cadáver uma possibilidade, pois, apesar de ter falecido, o seu feto, até aquele momento, ainda se encontrava vivo. Assim, ele realiza um experimento que há muito desejava, transplantando o cérebro do feto para o corpo da mãe.

Bella Baxter vem ao mundo.

O filme nos questiona então – como seria nascer já uma mulher? Sem passado, nem limites impostos pela sociedade?

Sobre isso, a atriz que a interpreta (também produtora executiva do filme), Emma Stone, declarou:

“É um conto de fadas e uma metáfora – claramente, isso não pode realmente acontecer – mas a ideia de que você poderia começar de novo como mulher, com este corpo que já está formado, e ver tudo pela primeira vez e tentar entender a natureza da sexualidade, ou poder, ou dinheiro ou escolha, a capacidade de fazer escolhas e viver de acordo com suas próprias regras e não da sociedade – eu pensei que era um mundo realmente fascinante para se entrar”.

Bella apreende o mundo já adulta e isso traz a ela a possibilidade única de se desenvolver sem as amarras típicas do que seria o “ser mulher”. De início, ela mal consegue andar, tem dificuldade de falar e sua compreensão do mundo é muito limitada, mas o seu desenvolvimento avança muito rápido. Logo, ela descobre o prazer sexual através da masturbação e, junto com ele, uma fome para conhecer o mundo.

Não surpreende que seja nesse momento que os homens que a cercam começam a tentar tolher a sua liberdade. Godwin, sua figura paterna, não quer que ela saia de casa, mas sabe que o seu controle sob Bella durará pouco tempo. Ele nota o interesse de seu assistente McCandles, um homem dócil do tipo intelectual, por Bella e decide propor um casamento.

Mas Bella já não pode ser mais parada. Ela conhece o advogado cafajeste Duncan Wedderburn, responsável por redigir o contrato matrimonial, e decide fugir com ele para explorar o mundo (e só depois voltar e casar-se com McCandles – pois Bella, naquele momento, já o vê como um parceiro mais confiável do que Duncan).

Daí Bella começa a sua jornada, visitando versões fantásticas de Lisboa, Alexandria e Paris. Em Lisboa ela descobre o prazer do sexo com Duncan, come pastelzinhos de belém até não poder mais, fica bêbada, conhece gente nova e se perde pela cidade. Duncan, que nunca teve a intenção de ficar com Bella “para valer”, começa a sentir ciúmes e se incomodar com a autonomia de Bella. Isso se intensifica durante uma viagem de barco em que ele se vê “apaixonado”, enquanto Bella não sabe muito bem o que sente, mas sabe que a fome por mais permanece.

Em Alexandria, Bella descobre a miséria e a crueldade humanas, se desespera e chega a perder todo o dinheiro de Duncan numa tentativa de ajudar as pessoas necessitadas. Em Paris, já sem recursos financeiros e com a relação com Duncan muito desgastada, Bella decide recuperar o dinheiro perdido através da prostituição o que marca o fim do seu relacionamento com Duncan. Ela encontra uma amiga (e talvez uma amante) em Toinette, que também a apresenta ao socialismo.

Bella volta a Londres com a notícia de que sua figura paterna, Godwin, está doente e logo morrerá. Nesse momento, ela já sabe que Godwin escondeu dela a sua origem (pois Toinette revela que a cicatriz que ela tem na barriga refere-se a de um parto cesárea). Bella já é outra mulher ali. Não há mais a ingenuidade de antes, o que não significa que Bella tenha perdido a sua individualidade — ocorre que agora ela tem conhecimento.

A personagem ainda passa por um último desafio quando encontra (ou reencontra) o homem que diz ter sido o seu marido (antes do suicídio e renascimento como Bella Baxter). Bella decide partir com ele, guiada pela sua insaciável vontade de saber sempre mais. O que descobre é que a sua “antepassada” vivia em uma mansão cheia de funcionários aterrorizados, com um homem horrível a ponto de tentar forçá-la a passar por mutilação genital para controlá-la.

Após se libertar dele intacta, Bella volta a sua casa em tempo de se despedir de  – e perdoar – Godwin. A partir daí, Bella decide se tornar também médica.

Bella é uma personagem feminina única, e, apesar de suas limitações, é extremamente autônoma. Ela decide o que quer e não se deixa ser controlada. Ela tem uma sede por experienciar tudo, até o horrível, e aprender sempre mais. Bella é chamada em pelo menos dois momentos de “retardada”. A sua forma única de apreender o mundo e de interagir com os outros muitas vezes soa ríspida, insensível. Socialmente, parece não encontrar muito bem o seu lugar. Dessa forma, Bella passa durante boa parte do filme uma impressão de ser neurodivergente. No entanto, ao chegar perto do fim, Bella já é uma mulher bastante “funcional”. Dessa forma, para fins da análise de personagem PcD não será contabilizada.

Bella também divide uma cena de sexo e carinhos com a sua amiga Toinette. Não fica claro qual é o relacionamento entre as duas, mas, ao final do filme, Toinette está em sua casa, não ficando claro se estão em um relacionamento ou se Bella decidiu ficar com McCandles ou até com os dois. Dessa forma, Bella pode ser considerada uma personagem queer (ficando o lembrete que se trata de uma única cena de intimidade entre mulheres entre incontáveis cenas em que Bella transa com homens).

Em relação à raça, há dois personagens negros de apoio no filme. Harry é um intelectual cínico que Bella conhece em uma viagem de navio. Ele está em companhia de sua amiga idosa Martha. Ambos, à sua própria maneira, estimulam Bella a aprender mais, distanciando-a ainda mais de Duncan. Harry é quem mostra a miséria de Alexandria a Bella no intuito de convencê-la da sua teoria de que o ser humano é inerentemente ruim. A outra personagem negra é Toinette, uma prostituta de Paris que apresenta o socialismo a Bella e de quem Bella se torna bastante próxima. Apesar de nenhum dos dois serem estereotipados, ambos têm pouco tempo de tela.

Em relação a personagens LGBTQIA+, além de Bella (que, como mencionado acima, possui uma certa ambiguidade), há a própria Toinette, que aparece apenas na última parte do filme.

Quanto à PcD, sem levar em consideração Bella, temos Godwin que, na sua infância, foi usado em experimentos pelo pai que o deixou com muitas sequelas. Godwin tem uma série de problemas de saúde bastante debilitantes e crônicos. Dessa forma, foi considerado PcD. Godwin é um personagem coadjuvante relevante que possui o seu próprio arco dramático. Em muitos momentos, a sua caracterização é caricata (baseada em estereótipos do cientista maluco). Ainda assim, ele tem um fechamento interessante e doce, quando abraça as emoções e o afeto que tem por Bella.

Por fim, vale um último comentário sobre os homens. Há algo que une todos os personagens masculinos mais relevantes: a necessidade por controle, em especial por controlar Bella. Os homens, até mesmo os mais doces, ainda são “homens do passado”.

Representatividade de gênero, raça e LGBTQIA+/PcD

Direção e Roteiro*

* Classificação é feita de acordo com a declaração pública e disponível das pessoas LGBTQIA+/PcD e heteroidentificação de raça e gênero

A direção do filme é do grego Yorgos Lanthimo e o roteiro é do australiano Tony McNamara. Ambos são brancos. Não foram encontradas informações sobre algum deles ser LGBTQIA+ ou PcD. Dessa forma, a ficha técnica principal (direção e roteiro) é composta 0% por pessoas não-brancas, 0% por mulheres, 0% PcD e 0% LGBTQIA+.

Elenco principal*

Créditos iniciais/finais

* Classificação é feita de acordo com a declaração pública e disponível das pessoas LGBTQIA+/PcD e heteroidentificação de raça e gênero

Os nomes destacados nos créditos finais são: Emma Stone, Mark Ruffalo, Willem Dafoe e Ramy Youssef.

O ator americano Ramy Youssef foi considerado como branco, mas destaca-se que sua ascendência é egípcia. Após retirar uma massa benigna do cérebro, Mark Ruffalo teve sequelas que o deixaram surdo do ouvido esquerdo, sendo considerado PcD. Não encontramos nada na internet sobre o elenco ser LGBTQIA+.

Dessa forma, o elenco é composto por 25% de mulheres, 0% de não brancos, 0% LGBTQIA+ e 25% de PcD.

Representação

Mulheres

Presença (Bechdel-Wallace)

As mulheres têm nome? 

Se falam por mais de 60 segundos?

Sobre outro assunto que não seja homens? 

Aprovado.

Bella conversa com algumas mulheres com nome: Prim, a enfermeira e/ou empregada que trabalha para Godwin, Martha, uma senhora intelectual que Bella conhece durante uma viagem de navio, Madame Swiney, a dona do bordel no qual Bella trabalha em Paris, e Toinette, uma das prostitutas de que Bella fica mais próxima.

As conversas ocorrem muitas vezes com interrupções tanto por homens ou pelo assunto “homem”. Ainda assim, somam no total mais de 60 segundos.

Arco Dramático (Mako-Mori) 

Tem mulher? 

Tem arco dramático próprio? 

O arco dramático é apoiado essencialmente em estereótipos de gênero?

Aprovado.

Bella Baxter tem um arco dramático muito bem definido. Ela quer aprender, experimentar e se desenvolver como ser humano. Homens perpassam essa história e tentam contê-la e pará-la de várias maneiras, mas Bella persiste em sua busca por autonomia e por uma compreensão melhor de si. As outras personagens femininas têm participação menor, sem apresentar um arco dramático próprio.

Competência (Tauriel)

Houve mulher(es) com atividade profissional definida? 

Ela é competente na atividade?

Grau da Competência Caso a mulher seja competente, quão competentes elas são em sua atividade profissional (1 a 5 , sendo  1 – pouco competente e 5 – muito competente) 

Houve reconhecimento dessa competência?

Aprovado. 

Nota: 4

Bella inicia o filme completamente dependente, pois, de certa forma, ainda é um bebê. Com o tempo, ganha habilidade e mostra ser uma mulher muito inteligente e crítica. Em Paris, Bella começa a trabalhar como prostituta. Sua personalidade desafiadora às vezes causa problemas, mas, com o tempo, ela parece bastante adaptada a esse trabalho. A dona do bordel, Madame Swiney, diz que Bella é a sua favorita, mas Bella a questiona, falando que Swiney diz isso para todas e que elas são todas máquinas alimentadas por elogios e chocolate.

Na parte final do filme, Bella e McCandles realizam juntos um novo transplante de cérebro.  Na última cena, é revelado que Bella se tornou estudante de medicina. Ela está nervosa com o exame que fará e McCandles comenta que ele a testou várias vezes e que ela sabe a matéria, confirmando que Bella é uma boa estudante.

Qualidade da representação – mulheres

Como é a representação das personagens mulheres (escala de -1 a 3)

Sendo -1, estereótipos ofensivos;  

0, não tem; 

1, personagem de apoio ou secundários/principais com muitos estereótipos; 

2, personagens secundários/principais com poucos estereótipos; 

3, personagem principal/secundário muito bem representada, ou personagem principal sem ou com pouquíssimos  estereótipos

Nota: 3

Bella é uma personagem feminina única, e, apesar de suas limitações, é extremamente autônoma. Ela decide o que quer e não se deixa ser controlada. Ela tem uma sede por experienciar tudo, até o horrível, e aprender sempre mais. Ela é a protagonista do filme e apresenta pouquíssimos estereótipos. As outras personagens femininas são de apoio e mais estereotipadas. Martha, a senhora que Bella conhece no navio, chama atenção pela sua sinceridade e bom humor. Ela, no entanto, aparece por muito pouco tempo.

Raça

Arco dramático (Mako Mori)

Tem personagem não branco? 

Tem arco dramático próprio? 

O arco dramático é apoiado essencialmente em estereótipos de raça?

Reprovado.

Há dois personagens negros no filme: Harry e Toinette. Eles não têm muito tempo de tela e não apresentam arco dramático próprio.

Qualidade da representação – raça

Como é a representação dos personagens não brancos (escala de -1 a 3)

Sendo -1, estereótipos ofensivos;  

0, não tem; 

1, personagem de apoio ou secundários/principais com muitos estereótipos; 

2, personagens secundários/principais com poucos estereótipos; 

3, personagem principal/secundário muito bem representada, ou personagem principal sem ou com pouquíssimos  estereótipos

Nota: 1

Os personagens negros não apresentam estereótipos. Harry é um intelectual cínico que não acredita na sociedade. Toinette é uma prostituta parisiense socialista com que Bella cria uma relação de afeto. No entanto, o pouco tempo de tela impossibilita uma análise mais aprofundada.

LGBTQIA+

Arco dramático (Mako Mori)

Tem personagem LGBTQIA+? 

Tem arco dramático próprio? 

O arco dramático é apoiado essencialmente em estereótipos de LGBTQIA+?

Aprovado. 

Bella também divide uma cena de sexo e carinhos com a sua amiga Toinette. Não fica claro qual é o relacionamento entre as duas, mas, ao final do filme, Toinette está em sua casa, não ficando claro se estão em um relacionamento ou se Bella decidiu ficar com McCandles ou até com os dois. Dessa forma, Bella pode ser considerada uma personagem queer (ficando o lembrete que se trata de uma única cena entre mulheres entre incontáveis cenas em que Bella transa com homens).

Bella tem um arco dramático muito bem definido. Ela quer aprender, experimentar e se desenvolver como ser humano. Homens perpassam essa história e tentam contê-la e pará-la de várias maneiras, mas Bella persiste em sua busca por autonomia e por uma compreensão melhor de si.

Além de Bella, há a própria Toinette, que aparece apenas na última parte do filme e não possui arco dramático.

Qualidade da representação – LGBTQIA+

Como é a representação das personagens LGBTQIA+ (escala de -1 a 3)

Sendo -1, estereótipos ofensivos;  

0, não tem; 

1, personagem de apoio ou secundários/principais com muitos estereótipos; 

2, personagens secundários/principais com poucos estereótipos; 

3, personagem principal/secundário muito bem representada, ou personagem principal sem ou com pouquíssimos  estereótipos

Nota: 3

Bella é uma personagem feminina única, e, apesar de suas limitações, é extremamente autônoma. Ela decide o que quer e não se deixa ser controlada. Ela tem uma sede por experienciar tudo, até o horrível, e aprender sempre mais. Ela é a protagonista do filme e apresenta pouquíssimos estereótipos.

PcD 

Arco dramático (Mako Mori)

Tem personagem PcD? Tem arco dramático próprio? 

O arco dramático é apoiado essencialmente em estereótipos de PcD?

Aprovado. 

Godwin Baxter, na sua infância, foi usado em experimentos pelo pai que o deixou com muitas sequelas. Godwin tem uma série de problemas de saúde bastante debilitantes e crônicos. Dessa forma, foi considerado PcD. Godwin é um personagem coadjuvante relevante que possui o seu próprio arco dramático. Por ser um cientista, ele se considera um homem da razão que rejeita as emoções. No entanto, se afeiçoa por Bella como se fosse um pai. Quando Bella decide fugir, ele sofre muito de saudades, mas se recusa a aceitar isso.

Apenas quando descobre que está com câncer, assume o desejo de vê-la novamente, pedindo que seu assistente, McCandles, a procure. Godwin escondeu a verdadeira origem de Bella, então tem que lidar com a raiva da moça quando se reencontram. Assumindo a responsabilidade pelos seus próprios atos, Godwin consegue passar os seus últimos momentos ao lado das pessoas que ama.

Qualidade da representação – PcD

Como é a representação das personagens PcD (escala de -1 a 3)

Sendo -1, estereótipos ofensivos;  

0, não tem; 

1, personagem de apoio ou secundários/principais com muitos estereótipos; 

2, personagens secundários/principais com poucos estereótipos; 

3, personagem principal/secundário muito bem representada, ou personagem principal sem ou com pouquíssimos  estereótipos

Nota: 2

A caracterização de Godwin é, por vezes, caricata (baseada em estereótipos do cientista maluco). Ainda assim, a sua história traz camadas interessantes em que ele opta por deixar de lado a frieza para viver momentos de afeto no final de sua vida.

Resumo do Teste Arte Aberta

Pobres Criaturas

Representatividade

Pobres Criaturas

Representação

Pobres Criaturas
Pobres Criaturas
Pobres Criaturas

Estrelas Arte Aberta: 3

Pobres Criaturas

Por Barbara Alpino

Connoisseur de cultura pop japonesa, adoradora de gatos e colecionadora de vestidos. Ama desenhos e sonha em escrever uma saga de fantasia.

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