Valentina: representação e representatividade trans

Filme sobre adolescente trans lança campanha de financiamento coletivo

O filme Valentina, de Cássio Pereira dos Santos, produzido por Erika Pereira dos Santos, traz a história de uma adolescente trans de 17 anos, Valentina (Thiessa Woinbackk), que se muda para uma pequena cidade mineira com sua mãe Márcia (Guta Stresser). Com receio de ser intimidada na nova escola, a garota tenta se matricular com seu nome social e manter o fato de ser trans em sigilo. Para isso, ela precisa conseguir a assinatura do pai ausente (Rômulo Baga).

O filme lança campanha de financiamento coletivo de Valentina para estreia do longa-metragem pós-pandemia. O filme foi contemplado pelo Edital de Longa B.O. 2016 do então Ministério da Cultura e financiado pela Ancine e o FSA.

A escolha da protagonista foi realizada por meio de uma chamada pública, em agosto de 2018. A produção recebeu 50 inscrições de todo o Brasil e, após cuidadoso processo de seleção, Thiessa Woinbackk foi escalada para ser Valentina. Thiessa é ativista de direitos trans e publica vídeos sobre temas como beleza, direitos civis e a importância da autoaceitação para adolescentes LGBTQI+ em seu canal do YouTube.

O projeto também contou com profissionais trans para a sua realização, como Sofia Carneiro (consultora), Pedro Diniz (pesquisador e ator) e a cantora e compositora Xan, que foi autora da música original do filme – em coautoria com a banda paranaense TUYO. 

As produtoras e a distribuidora responsáveis pelo projeto são: Campo Cerrado (MG), em parceria com a distribuidora Anagrama Filmes (SP), e coprodutoras Kocria Audiovisual (DF) e Corriola Filmes (DF).

Hoje, dia 17 de maio, é o Dia Internacional Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia ou qualquer violência ou falta de respeito às pessoas LGBTQI+. A data foi escolhida porque, em 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) excluiu a homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID).