Mulheres negras no EMMY 2020

Nesta terça-feira (28/07) foram anunciados os indicados ao Emmy 2020. A cerimônia de premiação está marcada para 20 de setembro, mas ainda não se sabe onde ocorrerá e qual será o formato do evento devido à pandemia. Só o que se sabe por enquanto é que a edição deste ano será apresentada por Jimmy Kimmel e que está repleta de profissionais maravilhosas. Alguns dias antes, em 12 e 13 de setembro, ocorrerá o Emmy Awards de Artes Criativas, mais voltado às áreas técnicas e com categorias diferentes. 

As indicações deste ano trazem boas notícias no campo da atuação, com recorde de atrizes e atores negros indicados. Eles totalizam 34,3% de todos os atores que concorrem aos prêmios (a maior porcentagem até agora havia acontecido em 2018, sendo de 27,7%). Dessa forma, são 35 indicações para atores negros (sendo 33 profissionais, pois alguns foram indicados mais de uma vez) de um total de 102 (para esse cálculo foram somados os indicados ao Emmy Awards e ao Emmy Awards de Artes Criativas).

Desses 33 atores negros espalhados em 10 categorias, 16 são mulheres. Confira quem são elas:

Issa Rae (Insecure) e Tracee Ellis Ross (Black-ish): na categoria de Melhor atriz principal em série de comédia, que conta com 6 indicadas;

Yvonne Orji (Insecure): na categoria de Melhor atriz coadjuvante em série de comédia, que conta com 8 indicadas;

Zendaya (Euphoria): na categoria de Melhor atriz principal em série de drama, que conta com 6 indicadas;

Thandie Newton (Westworld) e Samira Wiley (The handmaid’s tale): Melhor atriz coadjuvante em série de drama, que conta com 8 indicadas;

Regina King (Watchmen), Octavia Spencer (A Vida e a História de Madam C.J. Walker) e Kerry Washington (Little Fire Everywhere): na categoria de Melhor atriz principal em minissérie ou filme para TV, que conta com 5 indicadas. Ou seja, atrizes negras totalizam mais da metade das indicadas;

Uzo Aduba (Mrs. America): na categoria de Melhor atriz coadjuvante em minissérie ou filme para TV, que conta com 6 indicadas;

Angela Bassett (A Black Lady Sketch Show, episódio “Angela Bassett é a mais malvada do caralho“), Maya Rudolph (tanto por  The Good Place, episódio: “Você mudou, cara“, quanto por Saturday Night Live, episódio: “Anfitrião: Eddie Murphy“) e Wanda Sykes (The marvelous mrs. Maisel, episódio: “Uma menina judia entra no Apolo“): na categoria de Melhor atriz convidada em série de comédia, que conta com 6 indicadas. Tendo em vista a dupla indicação de Maya Rudolph, as mulheres negras são mais de 50% das indicadas na categoria;

Laverne Cox (Orange Is the New Black, episódio: “Deus abençoe a América“), Phylicia Rashad (This is us, episódio: “Jogue uma moeda“) e Cicely Tyson (How to get away with murder, episódio: “Stay“): na categoria de Melhor atriz convidada em série de drama, que conta com 6 indicadas (ou seja, 50%).

Cabe destacar que esse recorde leva em consideração apenas 10 categorias de atuação, mas existem ainda duas categorias referentes à narração e à dublagem e duas para atores de séries curtas. Nessas, concorrem aos prêmios mais 12 atores negros (de um total de 22 indicados), sendo 5 mulheres (Maya Rudolph, Angela Basset e Wanda Sykes já haviam aparecido na listagem acima e acumulam indicações). Confira quem são elas:

Maya Rudolph (Big Mouth, episódio: “Como ter um orgasmo“) e Wanda Sykes (Crank Yankers, episódio: “Bobby Brown, Wanda Sykes e Kathy Griffin“): na categoria de Locução de personagem principal, que conta com 6 indicados (dentre homens e mulheres);

Angela Bassett (The Imagineering Story, episódio: “O lugar mais feliz da terra“) e Lupita Nyong’o (Serengeti, episódio: “Destiny“): na categoria de Narrador em destaque, que conta com 5 indicados (dentre homens e mulheres);

Jasmine Cephas Jones (#FreeRayshawn): na categoria de Melhor atriz principal em série de comédia ou drama de formato curto, que conta com 5 indicadas.

Mulheres negras no EMMY: categorias de atuação ao longo dos anos

Ethel Waters foi a primeira pessoa negra (entre homens e mulheres) a ser indicada a um Emmy de atuação pelo papel principal. Ela concorreu em 1962 pela série de TV Rota 66. Na época não havia divisão em programas de comédia e drama e o nome da categoria fazia referência apenas ao papel principal. Ethel foi cantora de jazz e de blues e a primeira artista negra estadunidense a estrelar seu próprio programa regular de televisão (The Ethel Waters Show).

Em 1969, Diahann Carroll foi a primeira atriz negra a concorrer na categoria de Melhor atriz principal em série de comédia, mas também não ganhou.

A primeira vitória para uma atriz negra veio em 1970, oito anos após a indicação de Ethel Waters. Gail Fisher tornou-se a primeira mulher negra a vencer o Emmy de atriz coadjuvante em série de drama, por seu papel em Mannix. Ela concorreu novamente em 1971, 1972 e 1973, sempre por Mannix, mas não tornou a ganhar. Após sua vitória, outras cinco atrizes negras receberam esse prêmio (Alfre Woodard, em 1984; Madge Sinclair, em 1991; Mary Alice, em 1993; Uzo Aduba, em 2015; e Thandie Newton, em 2018). Thandie Newton e Samira Wiley concorrem este ano. 

Em 1982, Debbie Allen concorreu como melhor atriz principal em série de drama. Apenas em 2015 uma atriz negra venceu nessa categoria, quando Viola Davis levou o Emmy por How to get away with murder. Esse também foi o ano em que pela primeira vez duas mulheres negras competiram simultaneamente pelo prêmio (Viola concorreu com Taraji P. Henson, da série Império). Em 2020, Zendaya (Euphoria) pode se tornar a segunda atriz negra a levar o prêmio.

Em 1981, Isabel Sanford tornou-se a primeira (e até hoje única) mulher negra a vencer como atriz principal em série de comédia. Este ano outras duas atrizes têm chances de repetir o feito (Issa Rae e Tracee Ellis Ross).

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Na categoria de atriz coadjuvante em série de comédia, a única vencedora negra até hoje, em 71 anos de premiação, foi Jackee Harry, que ganhou em 1987 pela obra 227. Este ano, Yvonne Orji pode se tornar a segunda atriz negra a vencer nessa categoria.

Como melhor atriz principal em minissérie ou filme, Cicely Tyson foi a primeira atriz negra a ser indicada (e a ganhar), em 1974. Cinco mulheres negras seguiram-na nessa vitória (Lynn Whitfield, em 1991; Alfre Woodard, em 1997; Halle Berry, em 2000; S. Epatha Merkerson, em 2005; e Regina King, em 2018). 

Como atriz coadjuvante em minissérie ou filme, Olivia Cole foi a primeira vitoriosa. Ela levou o prêmio em 1977 por Raízes, quando concorreu com sua colega de elenco Cicely Tyson. As duas foram as primeiras mulheres negras a concorrer nessa categoria. Depois dela, outras cinco atrizes negras levaram o troféu para casa (Esther Rolle, 1979; Ruby Dee, 1991; Cicely Tyson, 1994; Regina King, em 2015 e em 2016).

Como atrizes convidadas em série de comédia, ganharam as artistas negras Beah Richards, Uzo Aduba e Tiffany Haddish (mesmo número de atrizes que concorrem este ano: Angela Bassett, Maya Rudolph e Wanda Sykes) e como convidadas em série de drama venceram Alfre Woodard (2 vezes), Beah Richards, Loretta Devine e Samira Wiley (em 2020 concorrem Laverne Cox, Phylicia Rashad e Cicely Tyson).

Na categoria de excelente desempenho individual em um programa de variedades ou música, venceram Leontyne Price e Whitney Houston; e como desempenho individual – classe especial, foram premiadas Sarah Vaughan e Nell Carter.

Demais categorias

Muita gente tem dificuldade em entender as categorias do Emmy, pois são tantas e tão diversificadas, com vários prêmios dentro de um mesmo grupo. Por exemplo, vimos acima a quantidade de categorias somente em atuação. Direção de fotografia, figurino, penteado contam com quatro categorias cada uma. Direção, roteiro e música (aqui não entram as categorias técnicas de som) têm seis categorias cada uma. E a recordista de todas é a área da produção, com nada menos do que 27 categorias! É aí que entram todos os prêmios de melhor obra (sejam séries, filmes, comédia, drama, formato curto, documentários, animação, infantil etc).

Confira quem são as mulheres negras que já venceram em cada uma e quem concorre este ano

Direção

Mark Warren foi o primeiro negro (entre homens e mulheres) a ganhar um Emmy de direção, em 1971, pelo trabalho em Rowan and Martin’s Laugh-In, da NBC. Depois dele, outros oito homens negros venceram nas seis categorias de direção (série de comédia; série de drama; minissérie ou filme; programa de não-ficção; série de variedades; variedade especial), mas nenhuma mulher negra. 

Este ano isso pode mudar! 49 anos depois da vitória de Warren, Dime Davis e Nadia Hallgren podem se tornar as primeiras mulheres negras a conseguir um prêmio de direção.

Dos 48 diretores que concorrem em 2020, distribuídos em seis categorias, apenas duas são mulheres negras. Dime Davis concorre com o episódio “Nascido à noite, mas não na noite passada” do seriado A black lady sketch show, da HBO. Além da direção, a obra também está indicada para Melhor série de sketch de variedades e para Atriz convidada em série de comédia (Angela Basset). Nadia Hallgren concorre pela direção do documentário Minha história, que acompanha a turnê de lançamento da biografia da ex primeira dama, Michelle Obama. Ela concorre em uma categoria em que Ava DuVernay também concorreu em 2017 (com a 13ª emenda).

Dime Davis tornou-se a primeira mulher negra a concorrer na categoria de direção de série de variedades. Em 1989 o prêmio tinha outro nome e fazia referência a programas de música e variedades. Debbie Allen concorreu nesse ano pela direção de The Debbie Allen Special. Após a mudança de nome, que deixa de classificar a obra como programa de variedades e passa a se referir a séries, nenhuma mulher negra concorreu. Por esse motivo, Dime Davis está sendo considerada a primeira indicada.

A black lady sketch show foi criado, escrito e protagonizado por mulheres negras. A primeira temporada tem seis episódios e traz esquetes de comédia vividas por quatro atrizes principais (Robin Thede, sua criadora, Quinta Brunson, Ashley Nicole Black e Gabrielle Dennis), que vivem diversas personagens, além de atrizes convidadas (como Angela Basset, Issa Rae, Laverne Cox e Nicole Byer). Curiosamente essas três primeiras convidadas também concorrem nessa edição do Emmy por séries diversas (apenas Angela Basset concorre por A black lady sketch show).

Roteiro

Em 2020, foram indicadas cinco roteiristas negras, distribuídas em três categorias (ao todo são seis, mas três categorias – Roteiro de não-ficção, Roteiro em série de drama e Roteiro de variedade especial –  não tiveram nenhuma competidora negra este ano). Stefani Robinson concorre por roteiro em série de comédia (Série O que fazemos nas sombras, episódio “On the run“); Tanya Barfield foi indicada por roteiro de minissérie, filmes ou especial dramático (Série Mrs. America, episódio “Shirley”); Christiana Mbakwe-Medina e X Mayo concorrem juntas a Roteiro de série de variedade pelo trabalho no The Daily show; e Amber Ruffin compete na mesma categoria pelo roteiro de Late night.

Em 1999, Wanda Sykes tornou-se a primeira mulher negra a ganhar um Emmy de roteiro, vencendo por The Chris Rock Show na categoria de Roteiro de série de variedade. Em 2020 ela pode ser seguida por Christiana Mbakwe-Medina e X Mayo ou por Amber Ruffin.

2017 foi um ano a ser comemorado no campo de roteiro, com uma tripla vitória. Lena Waithe tornou-se a primeira mulher negra a ser indicada e consequentemente a primeira a ganhar o Emmy de Melhor roteiro de comédia.  A vitória foi devida ao seu trabalho em Master of none (episódio Thanksgiving, que ela também protagoniza). No mesmo ano, Ava Duvernay também foi pioneira e ficou conhecida como a primeira roteirista negra premiada por Roteiro de não-ficção (com o longa 13ª emenda). Para completar, Ashley Nicole Black também foi a primeira a vencer em Roteiro de variedade especial (com o roteiro de Full frontal with Samantha Bee).

Depois delas, nenhuma outra mulher negra ganhou. Mas este ano, Stefani Robinson pode se tornar a segunda premiada na categoria de Melhor roteiro de comédia. Ela, inclusive, é a primeira mulher negra com duas indicações nessa categoria (havia concorrido em 2018, por Atlanta).

E Tanya Barfield tem chances de se tornar a primeira roteirista negra a ser premiada por Minissérie, filme ou especial dramático. Antes dela concorreram Dee Rees (com Bessie, em 2015) e Ava DuVernay (com Olhos que condenam, e 2019). Somente essa categoria e Melhor Roteiro em série de drama nunca foram vencidas por uma roteirista negra (Shonda Rhimes competiu em 2006 com Grey’s Anatomy, mas não venceu). Ficamos na torcida!

Produção

Como já dito, dentro do guarda-chuva produção é onde se encontra o maior número de categorias (27). Ao longo dos anos, 16 prêmios foram entregues a produtoras negras. Em 2020, mesmo com tantas categorias, foram apenas três indicações para mulheres negras (sendo que duas são para a mesma profissional, Issa Rae)

Na categoria Mérito excepcional na produção de documentários, já foram vencedoras Jacqueline Glover (em 2007, em parceria com Spike Lee e Samuel D. Pollard, pela obra When the levees broke: a requiem in four acts); Laurens Grant (em 2011, em parceria com Stanley Nelson, por Cavaleiros da liberdade); e Jacqueline Glover novamente (em 2016, por Jim: A história de James Foley). Em 2011 e 2015, Jacqueline Glover ganhou mais duas vezes, agora na categoria Programa infantil de destaque, com as obras Jardim de poesia infantil e Masterclass, respectivamente.

Em 1987, Winifred Hervey ganhou com Golden Girls por Melhor série de comédia. Em 2020, Issa Rae pode se tornar a segunda produtora negra a ganhar nessa categoria com a série Insecure. Issa Rae concorre também através de sua produtora (Issa Rae Productions) ao prêmio de Melhor série de sketch de variedades, com A Black Lady Sketch Show. Esse prêmio não foi entregue a uma produtora negra até hoje.

Jacqueline Glover ganhou mais uma vez em 2010, por Teddy: em suas próprias palavras, agora por Melhor Documentário ou especial de não-ficção. Sete anos depois, em 2017, Ava DuVernay venceu pelo documentário 13ª emenda.

Na categoria de Filme feito para televisão, Oprah Winfrey venceu em 2000 com Terças-feiras com Morrie; e Queen Latifah em 2015 com Bessie. Já na categoria de Programa de competição, Jacqueline Wilson venceu junto com RuPaul, em 2018 e 2019, pelo programa RuPaul’s Drag Race. Ela faleceu no ano passado, mas concorre de maneira póstuma em 2020 pelo mesmo programa.

Em Programa de classe especial, Audra McDonald levou o prêmio em 2015 por Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Fleet Street. Em Variedade especial, Suzanne de Passe ganhou o prêmio em 1983 e 1985 por Motown 25: Ontem, Hoje, Para sempre e Motown retorna ao Apollo, respectivamente. Por último, Rikki Hughes venceu em 2018 com Dave Chappelle: Equanimidade, na categoria de Variedade especial pré-gravada.

Direção de fotografia

Direção de fotografia é representada no Emmy em quatro categorias (cinematografia para séries ou filmes limitados; cinematografia para uma série de múltiplas câmeras; cinematografia para um programa de não-ficção; e cinematografia para uma série de câmera única). Nenhuma mulher negra ganhou nenhuma delas e, nas duas primeiras, nenhuma mulher negra nem mesmo concorreu.

Em programas de não-ficção, Kira Kelly concorreu em 2017 pelo documentário 13ª emenda e este ano Nadia Hallgren concorre pelo longa-metragem Minha história. Kira Kelly volta em 2020 na categoria de série de câmera única com a série Insecure.

Figurino

Em relação aos figurinos existem quatro categorias (trajes contemporâneos; trajes de fantasia/ficção Científica; trajes de época; e trajes para programação de variedades, não-ficção ou realidade. Alguns desses nomes mudaram ao longo dos anos). Até hoje, nenhuma mulher negra ganhou alguma delas e na última categoria nem mesmo foram indicadas. Nas três primeiras concorreram Devon Patterson, Ruth E. Carter, Michelle R. Cole (concorre este ano por Black-ish) e Sharen Davis (concorre este ano por Watchmen).

Penteado

Nas categorias de penteados, ganharam no mesmo ano (2019) Charlene Belmond por Fosse / Verdon e Sabana Majeed por The marvelous mrs. Maisel. Esta última concorre novamente em 2020 por Pose, na categoria de Período pendente e/ou penteado com personagens. 

Música

Para música existem seis categorias e ao longo dos anos foram 51 indicações para artistas negros. Apenas duas foram mulheres. La Rita Norman e Marie Norman ganharam em conjunto com George Clinton e Quincy Jones na categoria de melhor música tema, em 1999, pela composição na animação Os PJ’s.

Desenho de produção

Em desenho de produção, Hannah Beachler competiu com Lemonade em 2016. Não venceu e continua tendo sido a única mulher negra indicada até hoje.

Coreografia

Este ano nenhuma profissional negra concorre por coreografia, mas o prêmio já foi entregue três vezes a Debbie Allen (1982, 1983 e 1991) e uma vez a Judith Jamison (1999).

Direção de elenco

A área tem duas categorias no Emmy: melhor elenco para série de comédia e melhor elenco para séries limitadas, filmes ou especiais.

Em 2020, Victoria Thomas concorre nas duas categorias, com Watchmen e Insecure (foi a primeira profissional negra, dentre homens e mulheres, indicada pelo trabalho de elenco em série de comédia). Em relação ao elenco de séries limitadas, filmes ou especiais, Robi Reed venceu em 1996 pelo filme Os aviadores de Tuskegee, e Aisha Coley em 2019 pela minissérie Olhos que condenam.

Nenhuma indicação em toda a trajetória do Emmy

Em direção de iluminação, direção técnica, edição de imagens, edição de som (2 categorias), mixagem de som (2 categorias), nenhuma mulher negra nunca foi indicada. 

Possíveis primeiras vitórias em 2020

• Jasmine Cephas Jones – pode se tornar a primeira mulher negra a vencer como atriz principal em série de comédia ou drama de formato curto;
• Nicole Byer – pode ser a primeira mulher negra a vencer a categoria de anfitrião em um programa de realidade ou competição de realidade;
• Maya Rudolph ou Wanda Sykes – podem ser as primeiras profissionais negras (entre homens e mulheres) a receber o prêmio por locução;
• Angela Basset ou Lupita Nyong’o – podem ser as primeiras mulheres negras a receber o prêmio por narração;
• Victoria Thomas – pode ser a primeira diretora de elenco negra premiada na categoria de elenco de série de comédia;
• Nadia Hallgren e Kira Kelly – podem ser as primeiras diretoras de fotografia negras a receber um Emmy. Como elas concorrem em categorias diferentes, ambas podem ganhar;
• Michelle R. Cole e Sharen Davis – podem ser as primeiras figurinistas negras a receber um Emmy. Como elas concorrem em categorias diferentes, as duas podem receber o prêmio;
• Nadia Hallgren e Dime Davis – podem se tornar as primeiras mulheres negras a receber um Emmy por direção. A primeira concorre por Direção em programa de não-ficção, com o documentário Minha história. E a segunda por Direção em série de variedades, com  a obra A black lady sketch show;
• Sabana Majeed – pode ser a primeira mulher negra a vencer na categoria de Período pendente e/ou penteado com personagens. Sabana Majeed já ganhou em outra categoria de penteado, mas nessa é a primeira vez que uma pessoa negra (dentre homens e mulheres) é indicada;
• Issa Rae e Robin Thede – através de suas produtoras, elas podem ser as primeiras mulheres negras a receberem o Emmy de Melhor série de sketch de variedades. Elas concorrem juntas pela série A black lady sketch show;
• Tanya Barfield – pode ser a primeira roteirista negra premiada na categoria de minissérie, filme ou especial dramático.
• Laverne Cox – ela foi indicada em 2014, 2017 e 2019 como atriz convidada por seu papel na série Orange is the new black. Em 2020 ela foi indicada novamente e, se ganhar, pode se tornar a primeira mulher reconhecidamente trans a receber o prêmio de atuação. Em 2015 ela foi considerada a primeira mulher trans a receber um Emmy. O prêmio foi em reconhecimento ao seu trabalho de produtora executiva no documentário The T Word.

Curiosidades

Jacqueline Glover é a mulher negra com mais vitórias na história do Emmy. Ela já foi premiada cinco vezes.

Maya Rudolph já concorreu três vezes em anos anteriores (2012, 2018 e 2019). E só em 2020 ela obteve esse mesmo número de indicações, concorrendo a três prêmios na mesma edição (atriz convidada em série de comédia por Saturday night live e por The good place e  locução de personagem principal por Big mouth).

Esta é a quinta vez que Cicely Tyson concorre por How to get away with murder (até o ano passado não havia vencido). Ela dá vida a Ophelia, mãe da personagem de Viola Davis.