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Retrospectiva Arte Aberta 2023

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E-book Nas Telas

Um ano iluminado. Saímos das trevas nas quais estávamos resistindo para sobreviver nos últimos anos. A sensação foi de que podíamos avançar, e não apenas lutar pelo óbvio. Os resultados vieram. Chegamos ao fim de 2023 cansadas mas satisfeitas com as realizações. 

Vamos embarcar nesta Retrô do Arte Aberta de 2023:

Oscar 2023

Retrospectiva: Oscar 2023

Desde 2018, analisamos as obras indicadas à categoria de Melhor Filme no Oscar. Este ano, juntamos todas as nossas experiências de análise sob a ótica da representação e da representatividade e criamos o Teste Arte Aberta

Com o Teste Arte Aberta, propusemos um panorama da representação da mulher, no que tange a sua presença (Bechdel), seu arco dramático (Mako Mori), sua competência (Tauriel), e a vinculação ou não a estereótipos. Além disso, abordamos a interseccionalidade com as análises de representação de Raça, LGBTQIA+ e PcD.

Na nossa análise, o vencedor foi o filme Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, de Daniel Kwan e Daniel Scheinert, que recebeu a nota máxima, três estrelas, sendo também escolhido Melhor Filme no Oscar 2023.

Mulheres Reais

Retrospectiva: filme Pureza. Mulheres Reais

Fizemos uma série para as nossas redes sociais sobre a vida de Mulheres Reais adaptadas em obras audiovisuais. Falamos de:

Pesquisa Cinema Brasiliense: Gênero e Representação

A pesquisa “Cinema Brasiliense: gênero e representação” participou do III Encontro Internacional de Observatório da Indústria Audiovisual, com a apresentação do trabalho por Natália Brandino. O encontro aconteceu de 30 a 31 de maio e foi realizado na Escola Nacional de Experimentação e Realização, com acesso virtual gratuito. Natália Brandino participou da mesa “Diversidade no audiovisual. Como medir?”, mediada por Ana Rosa da Cruz, com as presenças de Anna Serner, Anabella Speziale e Ignacio Landabaru.

Outro marco da pesquisa em 2023 é que recebemos o resultado da prestação de contas do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC/DF) com o seguinte destaque:

“gostaria de parabenizar a agente cultural pela relevância do tema no campo do audiovisual e pela dedicação na apresentação do mesmo à sociedade”

A pesquisa Cinema Brasiliense: gênero e representação investigou como os filmes de Brasília apresentam os papéis de gênero, reforçando ou quebrando estereótipos. O estudo analisa a representação dos personagens em relação à identidade de gênero, sexualidade e raça, além da representatividade na ficha técnica e no elenco principal das obras selecionadas. No estudo, a representação refere-se a como os personagens são apresentados na narrativa. Já a representatividade diz respeito a quem está realizando a obra – nas funções técnicas e na atuação.

Na pesquisa, foram analisados 20 filmes de longa-metragem de ficção produzidos ou coproduzidos por empresas do Distrito Federal, lançados comercialmente em salas de cinema no Brasil, de 1995 a 2018.

O estudo foi contemplado no Edital do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) Audiovisual – n° 16/2018, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Governo do Distrito Federal. Natália Brandino é a idealizadora do projeto. Ela é membro do Coletivo Arte Aberta e da Kocria Audiovisual.

Representação no Audiovisual

Retrospectiva: representação no audiovisual

Continuamos a nossa pesquisa sobre testes de representação e de representatividade no audiovisual. A iniciativa é da Natália Brandino. Ela já escreveu sobre os seguintes testes:

E-book Nas telas: gênero e infância

Retrospectiva: nas telas

A primeira edição do e-book “Nas telas” tem como linha condutora debates, pensamentos e possibilidades de abordagem da infância e do gênero no audiovisual, com foco especial em como as meninas são representadas. O livro digital pode ser baixado gratuitamente aqui!

O projeto foi idealizado por Luciana Rodrigues, que tem um olhar crítico e cuidadoso quando o assunto é audiovisual voltado ao público infantil, e traz uma bagagem qualificada para se pensar nos estereótipos limitantes de gênero e nas possibilidades de rupturas e ampliações positivas de boas representações.

O E-book traz ainda a lista de obras citadas ao longo dos textos, o que facilita a indicação de filmes e séries para responsáveis por crianças; e um glossário com a descrição em verbetes de temas complexos ou que podem gerar dúvidas nos leitores. O glossário, além de facilitar a leitura do E-book e agregar camadas de conhecimento aos textos, torna-se por si só uma obra de referência para além do livro digital. No glossário, são abordados temas relacionados a gênero, cinema, educação e mais!

O e-book é resultado de um projeto selecionado no edital FAC Brasília Multicultural nº 06/2021 da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e contou com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Seu objetivo é unicamente cultural e educacional, não tendo qualquer fim lucrativo ou intenção de comercialização.

Desenvolvimento do livro Cartas para Elas

Retrospectiva: cartas para elas

A carta, mesmo com o seu destinatário, é um exercício pessoal de escrita, de análise, de mergulho sobre as questões dos outros, mas também é um olhar para dentro, para nós mesmos. Buscando tanto essa comunicação afetiva como um olhar mais íntimo e pessoal para a crítica cinematográfica, o projeto Cartas para Elas escreve cartas para personagens ou personalidades do audiovisual: mulheres – reais ou fictícias – que se colocaram de uma forma tão especial que me fizeram sentir como se fôssemos amigas. 

O projeto começou no portal do Coletivo Arte Aberta, com textos sem frequência ou periodicidade, teve algumas edições de conversas no Podcast Cartas para Elas e, depois, ganhou uma nova profundidade com a seleção do projeto Cartas para Elas: uma conversa com mulheres do audiovisual, no Edital no 5/2019 – FAC Mais Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, para o desenvolvimento de um livro.

O livro foi finalizado em 2023! E já estamos planejando a sua publicação para esse ano. São 18 cartas, com suas destinatárias e obras audiovisuais. Além disso, cada carta acompanha uma ilustração da personagem escolhida.

Por Lina Távora

É uma cearense que mora em Brasília, jornalista fora da redação, mestre em comunicação/cinema, feminista em construção, mãe com todo o coração e tem no audiovisual uma paixão constante e uma fé no seu impacto para uma mudança positiva na sociedade.

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